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Um pedido de impeachment contra Mohamed Abdullahi Mohamed, presidente da Somália, por abuso de poder foi considerado inválido nesta terça-feira (11) pelo parlamento somali.
“Nós recebemos declarações de 14 parlamentares que afirmam que seus nomes foram usados de maneira incorreta na lista de assinaturas da moção contra o presidente”, disse o parlamentar Abdikarim Haji Abdi Buh em um comunicado.
“Esses legisladores não estão retirando-se da moção de impeachment, mas confirmam que não assinaram o documento”, acrescentou o parlamentar.
A remoção das assinaturas deixa apenas 78 dos 275 parlamentares apoiando o impeachment do presidente da Somália, número abaixo do necessário para que a moção passe adiante, segundo Buh.O pedido de impeachment acusou o presidente, conhecido com Farmajo, de violação da constituição por participar de um acordo secreto com países estrangeiros.
O acordo especificaruia controle sobre portos da Somália e também cita união com a “Etiópia e a Eritreia”, antigos rivais dos somalis.
A moção foi preenchida após Farmajo se encontrou com o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, e com o presidente da Eritreia Isaias Afwerki, para negociações de estabelecimento de parcerias econômicas entre os países. O pedido foi aceito pelo líder do Parlamento no domingo (9).
O acordo diplomático entre os três países tornou-se possível após uma reaproximação entre a Etiópia e a Eritreia, articulado pelo presidente da Somália.