Havana (Prensa Latina) Quando em 1959, os grandes monopólios da comunicação vertiam sobre Cuba e seu processo revolucionário um sem número de informações distorcidas, Prensa Latina dava a conhecer ao mundo aÂáverdadeÂáda ilha.
A agência de notícias, cujos inícios estiveram associados à OperaçãoÂáVerdade, realizada em Havana nos dias 21 e 22 de janeiro do mesmo ano, teve em Fidel Castro e Ernesto Che Guevara a seus principais impulsionadores.
A eles se somou o compromisso profissional do jovem jornalista argentino Jorge Ricardo Masetti, seguro de que aÂáverdadeÂáempreendida por Cuba vincularia as causas e aspirações dos povos de América Latina e Caribe.
Em 16 de junho saiu ao mundo o primeiro despacho com as siglas PL, emitido a partir da capital mais geradora de informações daquela década, Havana.
Mas foi sua especialidade na América Latina o que fez que ‘essa semente que semeou Masetti calasse fundo com fortes raízes’, afirmou o jornalista José Bodes, um dos fundadores desta Agência.
Em entrevista exclusiva com Prensa Latina Bodes destacou que durante anos, a Agência acolheu a grandes jornalistas como Gabriel García Márquez, Eduardo Galeano, Rodolfo Walsh, entre muitos outros.
Bodes assegurou que 58 anos depois o compromisso de ser objetivos, mas não imparciais, segue vigente na nova geração de jornalistas.
Em tal sentido o presidente atual de PL, Luis Enrique González, destacou que dar passo aos jovens garante o futuro próspero da Agência.
Estamos em um melhor momento, precisou, com o esforço dos trabalhadores; pensamos recuperar as 44 escritórios que Prensa Latina chegou a ter nos anos 80.
González destacou que este poderia ser um bom presente para o 60 aniversário do meio de imprensa que hoje se encontra presente a 35 países com 36 escritórios.
Apontou que PL já está em Nova York e em Washington; após 50 anos, voltámos a inaugurar os escritórios ali.
Prensa Latina aumenta consideravelmente sua representação nos fluxos informativos internacionais, com um enfoque e uma abordagem diferente ao dos meios hegemônicos, comentou.
Com mais de 400 despachos noticiosos em vários idiomas, a Agência transmite ao mundo a cada acontecimento importante para Cuba e América Latina.
PL oferece também serviços de rádio e fotografia, e em um departamento de televisão, este último com quatro correspondentes conjuntas com o canal multiestatal Telesul.
Prensa Latina nasceu em Cuba, mas seu destino tem estado selado ao presente e ao futuro da região.
Seus jornalistas têm a missão de fazer ‘a revolução do jornalismo latino-americano’, como disse em uma ocasião Jorge Ricardo Masetti, primeiro diretor geral da Agência.
*Jornalista da Prensa Latina Televisão.