Prêmio Casa das Américas defende a literatura do continente

Por isso, estão presentes na ilha vários autores de diferentes países que por esses dias fazem parte do júri da edição 58 do prêmio organizado por essa instituição cubana.

Em opinião do narrador dominicano Rey Andújar, a Casa das Américas lança o olhar sobre elementos que não são tradicionais para outros centros de seu tipo.

No meio da difícil situação editorial em todo mundo, este prêmio garante não só a publicação, mas o prestígio dos autores e abre muitíssimas portas, destacou.

Por sua vez, o cronista colombiano Alberto Salcedo considera a competição uma plataforma de lançamento para aqueles que não se ajustam ao ‘establishment’ editorial.

O Prêmio Casa das Américas criou ao longo dos anos uma importante bibliografia e resulta ser um feliz pretexto para escritores que não encaixam no circuito comercial literário, afirmou. A cada ano, este concurso tem promovido o talento, cuidado dele, deu-lhe asas e, ao mesmo tempo, nos permitiu reconhecer a nós mesmos, nos entender e valorizar, insistiu Salcedo.

O poeta venezuelano Freddy Ñañez qualificou a Casa das Américas como ‘a primeira janela em que começamos a nos olhar por dentro como latino-americanos e caribenhos, onde começamos a olhar para nós mesmos’.

Além disso, nos presta toda a bagagem histórica de seus quase 60 anos e nos convida a acrescentar mais, disse

A jornada desta quarta-feira acolherá a apresentação dos livros ganhadores do Prêmio Casa das Américas 2016.

No entanto, a cerimônia de entrega dos prêmios está prevista para esta quinta  (26) na Sala Che Guevara, testemunha desse acontecimento durante as 58 edições da competição.