Na opinião de Kankui, ‘esses fatos são a continuidade do genocídio indígena denunciado pelo ONIC, sem ter a resposta esmagadora do governo nacional’.
Continuaremos a defender a vida, a paz e o território dos povos indígenas. Rejeitamos o massacre de que nossos irmãos foram vítimas, o que ocorre no âmbito do genocídio de que os povos nativos são vítimas da não implementação do Acordo de Paz (assinado em 2016 pelo Estado e pela antiga guerrilha das FARC-EP).
O não cumprimento dos acordos está levando a um aumento no cultivo de maconha e coca em todo o território nacional. As autoridades e guardas indígenas em seus exercícios de controle territorial e a autonomia enquadrada nas leis de origem, na constituição nacional e nos decretos internacionais foram perseguidos, ameaçados, mortos e massacrados, destacou.
Por esse motivo, o ONIC exigiu que o Estado ‘parasse o sangramento dos povos indígenas que se configuram em genocídio e, em virtude disso, adotasse as medidas necessárias para superar a grave situação de emergência humanitária, social, econômica e cultural sofrida e implementar o Contrato’.
‘Exigimos o acompanhamento de uma missão de verificação de genocídio para testemunhar todos os efeitos experimentados devido às políticas de conflito armado, extrativismo e desenvolvimento do Estado’, afirmou.
Ele também exortou os povos indígenas a aprofundar as ações que permitem o fortalecimento de seu próprio governo nos territórios, a implementação do capítulo étnico pela paz e a consolidar alianças estratégicas com outros processos organizacionais e sociais para assumir conjuntamente os desafios e desafios.
Apelamos a coordenar o diálogo para a erradicação de culturas para uso ilícito presentes nos territórios nativos, acrescentou.
Este governo está nos trazendo de volta à guerra. Os povos indígenas do país não estão sozinhos, disse Aida Avella, da Comissão de Paz do Senado, na conferência de imprensa.