Por Fady Marouf Damasco (Prensa Latina) Maciças ações populares ocorridas nas 14 províncias da Síria confirmaram a decisão nacional soberana de participar das eleições presidenciais do dia 26, garantiram hoje seus organizadores.
Segundo analistas, esses atos anteriores às eleições gerais refletem a vontade nacional que não foi derrotada pela guerra terrorista, política, militar e econômica lançada há 10 anos e confirmam que os sírios declararão uma nova vitória política no dia das eleições presidenciais para o seu país.
Da mesma forma, centenas de localidades que não puderam participar de processos anteriores, como o de 2014, devido à presença terrorista, hoje refletem um cenário diferente que mostra o compromisso dos nacionais com suas instituições e sua Constituição; bem como a rejeição do terrorismo e da interferência estrangeira.
Nesse sentido, o município de Duma, próximo a Damasco, bastião de grupos radicais antes de sua libertação pelo Exército em 2018, realizou um ato massivo de apoio à próxima consulta.
Votar é um direito nacional e religioso, que é afirmado por milhares de imãs, ulama clericais e padres do Islã e do Cristianismo, as duas principais religiões da Síria, que convocaram nas noites realizadas nas províncias de Damasco, Homs e Hama, para uma ampla participação e votar em quem vai liderar a Síria em direção à estabilidade e promover o processo de reconstrução.
Da mesma forma, os notáveis das principais tribos e clãs do país árabe afirmaram que o exercício do direito de voto completa o caminho da vitória sobre o terrorismo e constitui uma demonstração de lealdade aos sacrifícios dos mártires.
O povo sírio que travou uma batalha por mais de 10 anos e resistiu diante de conspirações que visavam minar a nação, demonstrará mais uma vez que é capaz de determinar seu futuro através das urnas e não como alguns poderes tentam impor, disse participantes em manifestações realizadas nos bairros de Damasco e Aleppo.
Por sua vez, os atletas manifestaram o seu apoio ao processo eleitoral através de uma corrida em que sete mil atletas atravessaram a emblemática Avenida Mezzeh e a Plaza Omeya da capital.
Para a população local, as próximas eleições reforçam o conceito de democracia e constituem uma expressão de lealdade ao sangue do Exército derrotado. É uma mensagem ao mundo de que a Síria é um país de tolerância, fraternidade e paz.
Na próxima quarta-feira, os nacionais vão decidir nas urnas entre três candidatos, aquele com maior capacidade para governar o país nos próximos sete anos.
Estas são as segundas eleições multipartidárias, depois das realizadas em 2014, vencidas pelo atual presidente, Bashar Al-Assad, com mais de 88 por cento dos votos.
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