Presidente boliviano critica planos de dívida de opositores
La Paz, 17 de março (Prensa Latina) Um chamado à iniciativa, à luta frontal e à ofensiva do povo boliviano se destaca nesa segu8nda (17) no jornal de análise política La Época diante da ameaça de encurtamento do mandato do presidente Luís Arce.
“(…) O bilionário boliviano Marcelo Claure defendeu que Luis Arce deveria antecipar as eleições gerais marcadas para 17 de agosto. Alguns políticos e comentaristas imediatamente se manifestaram em apoio a ele”, destaca o semanário na edição 1094.
Ele afirma que os desejos quase obsessivos do “bilionário nascido na Bolívia que prefere se identificar como americano” e busca fechar o ciclo do Processo de Mudança iniciado em 2006 podem parecer a simples opinião ou capricho de um homem.
No entanto, ele alerta que aqueles que afirmam que apoiarão toda a oposição, seja ela fragmentada ou unificada, estão agindo em conjunto com outros setores da direita.
“(…) Na realidade, está publicação coincide com o anúncio de setores de extrema direita do departamento de Santa Cruz de levar a cabo medidas de facto contra o Governo (…) nos próximos dias (…).”
Ele acrescenta que o objetivo de desestabilizar a economia sob o pretexto de problemas de abastecimento de combustível e a rejeição do sétimo dispositivo de um decreto supremo que estabelece sanções contra o lucro ilícito e a especulação alimentar volta a ganhar força.
“Tanto a posição de Claure quanto dos líderes cívicos de Santa Cruz”, afirma a publicação, “darão novo fôlego ao projeto de encurtamento de mandatos, que está na pauta da oposição desde 2021 (…)”
Ele ressalta que, mais uma vez, esta é a guerra híbrida travada contra o Processo de Mudança e o governo popular.
Ele enfatiza que essa estratégia não apenas continuou, mas tende a aumentar com os objetivos não contraditórios de fazer com que o dignitário renuncie ou tenha sua imagem ainda mais prejudicada.
“Esta guerra híbrida”, afirma La época, “revela a estreita relação entre economia, política e subversão ideológica”.
O jornal acredita que o primeiro afeta a base material que permitiu atender às necessidades acumuladas das amplas massas de trabalhadores da cidade e do campo ao longo de décadas.
Indica que o segundo mina os fundamentos da presença de classes historicamente subalternas no exercício do poder político.
Em relação ao terceiro, ele afirma que o objetivo é destruir o sistema de crenças que une o campo nacional-popular-comunitário e dá sua chancela ao Estado Plurinacional.
Neste contexto, o artigo, referindo-se à atual divisão da esquerda, afirma que é grave que uma fração que ele qualifica de conservadora dentro do campo popular seja a que mais tem servido a esses planos imperiais de execução desta guerra multidimensional.