San Juan (Prensa Latina) O renomeado cineasta porto-riquenho Tito Román Rivera foi preso por policiais federais após participar ontem de um protesto em frente ao principal edifício dos Estados Unidos em San Juan.
O realizador do documentário ‘Ayotzinapa em mim’ (2016), sobre o desaparecimento de 43 normalistas em setembro de 2014 no estado de Guerrero no México, participou em uma manifestação em frente ao edifício que aloja o Tribunal de Distrito de Estados Unidos no setor central de Hato Rey, pela libertação da professora de arte Nina Droz Franco, também estudante da Universidade de Porto Rico (UPR) em Bayamón.
Román Rivera foi preso pelos policiais federais após o meio dia, quando se dispunha a abordar um veículo para marchar do lugar, se disse.
A detenção do cineasta borícua, que estudou na Escola de Cinema e TV de San Antonio dos Baños em Cuba, ao que parece responde a que não compareceu a uma audiência no tribunal federal estadunidense.
Foi divulgado que em janeiro, foi preso no lugar durante um ato de desobediência civil pela libertação de Oscar López Rivera, de 74 anos, que passou 35 anos em prisões da nação do norte.
Além de Román Rivera, outros dois participantes na manifestação em solidariedade com Droz Franco foram presos, entre eles a estudante Nina Figueroa, que expressou sua indignação pela opressão e a escravatura que impõe Washington ao povo porto-riquenho.
Droz Franco, encerrada no Centro Metropolitano de Detenção em Guaynabo desde o passado 2 de maio com relação a incidentes violentos ocorridos ontem na Milha de Ouro, compareceu nesta segunda-feira ante a juíza federal Aida Delgado a uma audiência de fiança no Tribunal de Distrito de Estados Unidos, em Hato Rey.
Prévio às detenções produziu-se um protesto na entrada para o edifício federal, posteriormente os policiais federais fizeram uso de gás pimenta.
Nos últimos meses as autoridades do norte em Porto Rico intensificaram a repressão contra os partidários da independência.