Lima (Prensa Latina) O Peru comemora hoje o bicentenário de uma independência para muitos ainda incompleta com expectativas para o início do governo de Pedro Castillo, o primeiro professor e dirigente social eleito presidente em 200 anos.
O professor rural, sindicalista e agricultor dará um recado ao país na cerimônia, e há expectativa em torno do programa de mudanças que ele traçará em seu discurso e que inclui um referendo sobre uma assembleia constituinte, o que gera resistência dos conservadores e das forças neoliberais.
O evento contará com a presença dos presidentes da Argentina, Alberto Fernández; Bolívia, Luis Arce Catacora; Chile, Sebastián Piñera; Colômbia, Iván Duke; e Equador, Guillermo Lazo.
Haverá também vice-presidentes, chanceleres e outras autoridades de diversos países, representando seus dirigentes, e convidados especiais, entre os quais se destaca o ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que chegou com uma delegação de lideranças sociais de seu país.
O novo presidente planeja uma cerimônia extra para daqui a dois dias, na região andina central de Ayacucho, na Pampa de Quinua, palco da batalha que selou o fim do colonialismo espanhol na América do Sul.
Além da mensagem do novato chefe de Estado, na imprensa e na população a expectativa é muito grande para conhecer os membros do gabinete ministerial de Castillo, que tomarão posse nesta tarde, já instalados no palácio do governo.
A composição da equipe ministerial gera grande interesse, inclusive, porque dará uma ideia da nuance que caracterizará o início da gestão de um governante humilde e que terá que lidar com um parlamento de maioria opositora e uma extrema direita beligerante que não aceita à derrota.
O tema gerou especulações sobre os indicados e se difundem conjecturas sobre dezenas de nomes, algumas promovidss por candidatos que buscavam levantar na imprensa sua possibilidade ou ambição de ingressar no gabinete.