Criada em 2003, a UAF visa prevenir e impedir a utilização da banca e de outros sectores da economia para o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo.
No mundo a tendência é eliminar as barreiras de acesso às operações bancárias, disse Pavez em entrevista ao canal CNN Chile.
Segundo Pavez, um sistema de sigilo financeiro tão rígido como o deste país dá aos criminosos uma janela de oportunidade.
O diretor da UAF foi consultado a esse respeito na sequência do debate de duas iniciativas de combate à evasão e elisão fiscais apresentadas pelo Governo no Congresso Nacional, onde são rejeitadas ou questionadas pela oposição.
A Ministra do Interior, Carolina Tohá, instou o Parlamento a aprovar o projecto de lei de inteligência económica actualmente em discussão na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados.
Explicou que o ponto central desta iniciativa é a obrigação dos bancos de fornecerem informações sobre os seus clientes em casos de possíveis crimes económicos.
“Não se trata de perseguir as pessoas pelas suas compras no supermercado, mas de dar condições ao Estado para seguir os suspeitos”, disse.
De acordo com uma pesquisa recentemente publicada aqui, 59,2 por cento dos chilenos são a favor do levantamento do sigilo bancário e 61,2 por cento dos consultados acreditam que a medida permitirá uma melhor repressão do crime organizado e do tráfico de drogas.