Santiago do Chile (Prensa Latina) O secretário-geral do Partido Comunista do Chile (PCCh), Lautaro Carmona, avaliou neste sabado (11) as dificuldades para uma Constituição que garanta os direitos de todos, mas garantiu que vale a pena travar esta batalha.
Vamos competir contra o dinheiro e o controlo dos meios de comunicação numa campanha muito curta, disse o líder comunista, referindo-se à eleição dos 50 membros do Conselho Constitucional onde será elaborada a nova carta magna.
Esta semana foram registadas as listas com os candidatos, que são analisadas pelo Serviço Eleitoral antes do início do certame que será aberto a 8 de março e encerrado a 4 de maio, três dias antes das eleições com voto secreto e obrigatório.
Três coligações e dois partidos políticos apresentaram seus candidatos a cadeiras no conselho, cuja maioria absoluta é de 30 cadeiras, embora especialistas acreditem que nenhum grupo alcançará esse número.
Por isso Carmona chamou a ‘jogá-los inteiramente… e começar a imaginar o fim da transição, imaginar o fim do Estado subsidiário e, portanto, colocar no centro o Estado Social Democrático de Direito’.
Em declarações à Radio Universidad de Chile, destacou que o PCCh tem a maior contribuição de candidatos entre a coalizão Frente Ampla com os partidos Liberal e Socialista, com 14 membros.
É uma lista com paridade de gênero estabelecida por lei, disse, mas também com diversidade de experiência, escola e raízes que abrem expectativas para ambicionar muito mais.
Ele também falou da enorme pressão exercida pela direita e pela extrema direita, que tentam se apropriar do resultado do plebiscito constitucional de 4 de setembro de 2022, quando a opção de rejeição foi imposta com 62% dos votos.