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Sputnik – A Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol, com 204 legisladores votando a favor da destituição do presidente e 85 contra, segundo um correspondente da Sputnik que está no salão de votação.
Anteriormente, os partidos da oposição prepararam e submeteram uma resolução ao parlamento, acusando o presidente de tentativa de tomada violenta do poder e abuso de poder pela imposição da lei marcial sem fundamentos adequados e em violação da lei.
Yoon Suk-yeol é acusado de violar os princípios constitucionais da democracia e da separação de poderes, além de outros crimes cometidos durante a lei marcial imposta por ele.
O projeto de resolução de impeachment afirma que o Exército e a polícia sul-coreanos, sob as ordens do presidente, tentaram prender os deputados da Assembleia Nacional, apreenderam a Comissão Eleitoral Central, confiscaram os celulares dos funcionários e bloquearam os serviços privados de votação da oposição.
Após a aprovação do impeachment pelo parlamento, os poderes de Yoon Suk-yeol são suspensos e a questão da destituição do presidente vai ser analisada pelo Tribunal Constitucional, tendo 180 dias para tomar essa decisão.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Han Duck-soo se torna agora chefe de Estado interino até o veredicto final.
Lei marcial na Coreia do Sul
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, anunciou na terça-feira lei marcial “para acabar com as forças pró-Coreia do Norte e manter a ordem constitucional liberal”, depois de o Partido Democrático da oposição ter apoiado um projeto de redução do orçamento e apresentado uma moção de impeachment contra o auditor de Estado e o procurador-geral.
As Forças Especiais do Exército foram enviadas ao parlamento do país para impedir a entrada de parlamentares, mas a Assembleia Nacional da Coreia do Sul ainda conseguiu se reunir e votar pelo fim da lei marcial.
7 de dezembro, 12:30
Mais tarde, o líder sul-coreano pediu desculpas por ter imposto a lei marcial e disse que não a imporia novamente, nem evitaria a responsabilização política e legal.
A oposição sul-coreana apresentou acusações de golpe de Estado contra o presidente, o ministro da Defesa, o ministro do Interior e da Segurança, e outros importantes militares e policiais.