© AP Photo / Gabinete Presidencial de Taiwan
Sputnik – O país continua sendo a única nação sul-americana com relações diplomáticas formais com Taiwan, e de acordo com os planos do recém-empossado ministro da Economia, a tendência é intensificar a parceria econômica.
Em entrevista publicada pela Reuters nesta terça-feira (1º), o ministro da Economia paraguaio, Carlos Fernández Valdovinos, disse que Assunção “está buscando mais investimentos taiwaneses para diversificar sua economia agrícola focada na exportação de matérias-primas para a China”.
“Somos muito bons na produção de soja e carne, mas devemos diversificar. Pedimos a Taiwan que nos ajude com isso, por meio de investimentos de seu setor privado”, afirmou o ministro à agência britânica.
Ao mesmo tempo, Valdovinos apontou que agricultores paraguaios que apoiam a troca de laços com Pequim “não estão vendo os riscos” que a China representa.
Em sua visão, o gigante asiático como comprador de matérias-primas do Paraguai sem valor agregado, “provavelmente é conveniente para alguns setores, mas como estratégia para o desenvolvimento econômico e social do Paraguai, não nos convém continuar apostando única e exclusivamente nos principais setores exportadores”, declarou.

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Uma parte do setor de grandes frigoríficos também apoiam as metas do governo e dizem que podem conseguir preços melhores em outros lugares, à medida que cresce a demanda por cortes mais especializados e alimentos processados.
“A China baixou os preços dos cortes de carne bovina e vemos o efeito imediato disso além da fronteira, no Brasil e no Uruguai. […] Taiwan ainda é um mercado importante para nós, os preços lá são melhores do que na China”, disse Jair Antonio de Lima, fundador e presidente do frigorífico paraguaio Concepción ouvido pela mídia.
O volume de vendas de carne bovina uruguaia no primeiro semestre deste ano para a China caiu 39,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O país sul-americano também espera concluir este ano um longo processo de certificação para exportar carne bovina aos Estados Unidos, o que também pode abrir caminho para outros mercados atraentes, como Japão e Coreia do Sul, disse o chefe da Economia paraguaia.