20.4 C
Brasília
quinta-feira, 28 março, 2024

Panamá: Onda de violência abala o país

Panamá, 14 mai (Prensa Latina) Uma onda de assassinatos esta semana revive hoje na sociedade panamenha o medo da violência voltar a subir, cuja causa o presidente do país, Laurentino Cortizo, atribuiu ao crime organizado.

Em diálogo com a imprensa, o mandatário se absteve de opinar sobre ‘as ramificações destes assassinatos’, em referência à cadeia de homicídios desde segunda-feira passada, mas analisou que na segunda metade do ano passado capturaram uma cifra recorde de drogas, que atulamente é quase 90% a mais que no mesmo período de 2019.

Fontes da Polícia Nacional e do Ministério Público disseram a jornalistas que a escalada é porque grupos rivais disputam atualmente o controle das rotas do narcotráfico, enquanto especialistas em temas policiais apontaram também a lutas viscerais pela liderança dos grupos, por morte ou prisão dos cabeças.

Cerca de 14 pessoas perderam a vida na onda de crimes dos últimos três dias, apesar dos controles pelo confinamento obrigatório, concentrados na província central de Los Santos, em Panamá Oeste e no distrito de San Miguelito, na capital.

Chama a atenção que desde o início da quarentena total, no dia 24 de março, houve uma diminuição notável nas ocorrências de sangue, ainda que se mantiveram ativas as rotas de tráfico de droga com interação de embarcações e veículos, por isso as autoridades realizaram múltiplas operações de captura.

Ao menos 160 ligas estão atualmente identificadas nesta nação centro-americana, sendo as províncias de Panamá e Colón as com maior incidência de crimes relacionados a gangues, segundo registros da Polícia Nacional. A fonte faz também referência ao fato das autoridades, de 2015 a janeiro do presente ano, terem conseguido processar 77 grupos delinquentes e acusar 1.800 pessoas, das quais só 600 foram condenadas até agora, enquanto o resto estava em espera de audiência ou sentença.

Cifras oficiais revelaram que, ao fechamento de 2019, foram registrados 37 homicídios a mais que no ano anterior, dos quais 14 estiveram associados ao massacre ocorrido na prisão de La Joyita em dezembro, quando réus se enfrentaram a tiros dentro do penal com armas de calibre alto.

Segundo o jornal La Estrela de Panamá, só em dezembro, os assassinatos se duplicaram, fatos associados ao ajuste de contas pelo tráfico e venda ilegal de drogas e armas, com participação do crime organizado internacional.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS