La Paz, (Prensa Latina) Delegados do Peru, Brasil, Uruguai e Paraguai se reunirão nos dias 14 e 15 de setembro no departamento de Cochabamba para avaliar os avanços do trem bioceânico, iniciativa que a Bolívia impulsiona hoje para a integração regional.
O ministro de Obras Públicas do país andino-amazônico, Milton Claros, indicou que vários responsáveis desses países já confirmaram sua presença para ver os avanços do projeto.
A Bolívia assinou memorandos de entendimento com o Peru em 2016, Paraguai e Uruguai em 2017 e só falta o Brasil formalizar sua adesão, pois já designou a uma equipe técnica para as reuniões periódicas, as quais se levam a cabo desde abril.
De acordo com Claros, a Bolívia conseguiu posicionar em menos de seis meses a construção do Corredor Ferroviário Bioceânico de Integração (CFBI) como uma iniciativa valiosa para o continente, pelo que tem o apoio de países europeus para garantir seu financiamento.
Os membros do Mercado Comum do Sul (Mercosul) durante a cúpula celebrada de 19 a 21 de julho na cidade de Mendoza, assinaram uma declaração para apoiar a megaobra.
A eles se somam outros países como Alemanha, Suíça e China, interessados em participar na execução.
Ademais, três entidades financeiras do gigante asiático pretendem apoiar o projeto bioceânico por meio de créditos: o Eximbank, o Banco Industrial e o Comercial da China.
Durante uma visita realizada em maio a La Paz, o presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina, Luis Carranza, anunciou seu apoio ao corredor.
A ferrovia unirá o porto brasileiro de Santos com o peruano de Ilo, passando pela Bolívia.
A linha que terá 3.755 quilômetros e beneficiará seis dos 12 países sul-americanos, possui até o momento quatro estudos de investimentos prévios elaborados pela Bolívia sobre comércio e mercado, avaliação ambiental, desenho básico preliminar, custos de construção e operação, cujo montante estimado é mais de 10 bilhões de dólares.