O chanceler Jorge Arreaza qualificou como grave o fato de Pompeo ter reconhecido seu fiasco; no entanto, disse que é ‘mais patético ver a própria oposição se justificando e prometendo que agora sim vão se unir. Reconhecem seu papel de peões’. Nesse sentido, o site de investigação jornalística Missão Verdade informou que a tentativa de desmontar o processo bolivariano por parte das administrações de Washington tiveram diferentes momentos, ocorreu com o apoio à Coordenadora Democrática no começo deste século e mais recentemente com a Mesa da Unidade Democrática (MUD), disse.
Perante o cenário de fracassos da direita, depois da tentativa de golpe de Estado em 30 de abril, o representante especial da Casa Branca para Venezuela, Elliott Abrams, recomendou ao chavismo buscar um consenso com a oposição para uma transição que desemboque em eleições, declaração que indica uma possível mudança na linguagem e a aparente renúncia a uma saída golpista para crise política.
Nessa linha de mensagem, parecesse que a frase usada pelo gabinete do presidente norte-americano, Donald Trump, de que ‘todas as opções estão sobre a mesa’ poderia estar descartada, já que as ameaças vão em outro tom.
Não obstante, os Estados Unidos procura as vias para intensificar o bloqueio econômico e com isso gerar descontentamento popular que exija abrir um processo eleitoral para induzir a um resultado como o das legislativas de 2015.
O membro da diretora nacional do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Elias Jaua, afirmou que as divisões dentro da oposição não são novidade para os venezuelanos, que sofrem as consequências de uma concorrência sem limites para ver como eles chegam à presidência, mais rápido e pelos métodos mais extremistas.
‘Cada aventura termina em uma nova frustração para os seguidores opositores; em prejuízo dos valores democráticos na sociedade e com um saldo de danos econômicos, sociais, vidas humanas e espirituais para todo o povo do país sul-americano’, argumentou o líder político.
Jaua considerou que a causa determinante da frustrada tentativa de usurpar a presidência venezuelana pela direita, ‘é a consciência de nosso povo fundamentada na dignidade e na autodeterminação nacional, e expressa em uma resistência para manter a paz contra tantas provocações de violência’.
Argumentou que a oposição venezuelana não conseguirá se unir jamais, porque suas pretensões são personalistas e mercantilistas.
Assim mesmo, convidou a administração de Trump a corrigir seu principal engano, ‘as tentativas de intervir na Venezuela’, enquanto destacou que a força revolucionária venezuelana está unida em torno de princípios éticos, fundamentos programáticos, e reivindicações e vontades coletivas de um povo.