Genebra, 7 out (Prensa Latina) O Conselho de Direitos Humanos da ONU adotou hoje uma resolução apresentada por Cuba para estender o mandato do especialista independente sobre a Promoção de uma Ordem Internacional Democrática e Equitativa, iniciativa apoiada por países em desenvolvimento.
Ao introduzir o documento, o diplomata cubano Lester Delgado disse aqui que uma ordem internacional democrática e equitativa é uma necessidade face aos desafios e crises globais, agravados pela pandemia de Covid-19, e à urgência de enfrentá-la de uma maneira efetiva e coordenada.
Também é importante para apoiar os esforços nacionais na promoção e na proteção de todos os direitos humanos para todos, enfatizou o representante da maior das Antilhas, quem recordou que a renovação é por três anos.
Delgado expôs em seus argumentos que o projeto não busca um enfoque de monitoramento punitivo aos responsáveis pelas causas estruturais e pelos obstáculos impostos à plena realização dos direitos humanos.
‘Procura contribuir com a promoção e a equidade no atual sistema internacional, bem como estimular o fortalecendo da cooperação e da equidade na governança global’, afirmou.
Nesse sentido, recordou a intervenção recente do presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, na Assembleia Geral da ONU e seu chamado a superar com uma ordem internacional justa, equitativa, solidária e democrática as posturas egoístas e os interesses mesquinhos de uma minoria poderosa, que restringem as aspirações legítimas dos seres humanos.
Em nome da União Europeia, o representante alemão Michael Freiherr von Ungern-Sternberg se pronunciou contra a iniciativa, com o argumento de que o mandato do especialista independente já não é necessário.
Países da África, Ásia, América Latina (Argentina e Venezuela) e do Caribe (Bahamas) apoiaram o texto, recusado pelos europeus, Austrália e Japão, enquanto a abstenção foi por parte de Estados como Brasil, México, Uruguai, Chile e Peru.