Um tanque do exército israelense manobra perto da chamada Linha Alfa que separa as Colinas de Golã da Síria, 11 de dezembro de 2019 (Foto: AP)
HispanTV – A UNDOF sublinhou que a entrada de tropas do regime israelita nas Colinas de Golã ocupadas é uma “violação” do acordo de retirada de 1974.
O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, enfatizou na segunda-feira que a Força de Observação de Desengajamento da ONU, também conhecida como UNDOF, informou às forças israelenses que “essas ações constituiriam uma violação do acordo de desligamento de 1974, segundo o qual não deveria haver forças ou atividades militares na separação”. zona.”
O porta-voz desta entidade internacional fez estas declarações depois de veículos blindados de combate israelitas terem avançado no domingo em direção à zona tampão na área de Quneitra, atravessando a fronteira entre a Palestina ocupada e a Síria a partir dos Montes Golã.
O funcionário da ONU afirmou que Israel e a Síria devem continuar a respeitar os termos desse acordo de 1974 e preservar a estabilidade nas Colinas de Golã.
Este acordo entre Israel e a Síria fez parte dos processos políticos abertos após o fim da guerra árabe-israelense de 1973 e estipula a criação de uma zona desmilitarizada que, até agora, esteve sob o controlo da UNDOF
Exército israelense declara a Síria uma nova frente de guerra | HispanTV
O Estado-Maior do regime israelita declarou que, a partir desta noite, considera a Síria uma frente de guerra.
Além disso, a Liga Árabe, num comunicado divulgado esta terça-feira, instou a comunidade internacional a apoiar o povo sírio e a parar as agressões perpetradas pelo regime israelita na região.
Por seu lado, através de um comunicado divulgado esta terça-feira, o Movimento de Resistência Islâmica do Líbano (Hezbollah) descreveu como “uma violação flagrante” a ocupação de mais terras nas Colinas de Golã e a destruição das capacidades defensivas do Estado sírio.
O Hezbollah deu o alarme sobre as consequências dos contínuos ataques israelitas aos territórios sírios. Além disso, apelou à comunidade internacional, especialmente ao mundo árabe e islâmico, para que adoptem posições rigorosas em todas as áreas políticas e jurídicas para pôr termo a esta série de crimes.
“Todas as tentativas do inimigo para controlar novas terras sírias só podem ser consideradas uma ocupação contínua na região do Golã desde 1967”, sublinha a nota.
Na segunda-feira, durante uma conferência de imprensa, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, numa declaração descarada, anunciou que as Colinas de Golã “serão sempre uma parte inseparável de Israel”.
Da mesma forma, declarou que a presença de Israel nesta área garante a sua segurança e soberania. “Hoje todos entendem a grande importância da nossa presença lá no Golã”, acrescentou.
O primeiro-ministro israelense declarou que ordenou ao exército israelense que tomasse todas as medidas necessárias para evitar danos a Israel.
Netanyahu observou que Israel está a mudar o mapa da Ásia Ocidental e a fortalecer a sua posição na região.
Israel lançou no domingo bombardeamentos contra diversas zonas da Síria , aproveitando a situação, depois de grupos armados de oposição, liderados por Hayat Tahrir al-Sham (HTS), terem declarado a captura da capital síria, Damasco, e terem tomado o poder em o país.