Amedee María foi assassinado a tiros no último dia 10 de agosto em San Antonio Ilotenango, Quiché, um fato que comoveu tanto a ativistas da Associação, como às máximas autoridades deste país centro-americano e da França.
O veterinário, de 60 anos de idade, chegou no final da década de 1990 à região Ixil do Quiché, onde trabalhou nas comunidades mais afastadas de Nebaj, Chajul e Cotzal, muito impactadas pelo conflito armado interno.
Encarregava-se de formar promotores veterinários e apoiava a difusão da medicina natural por meio da diversificação de cultivos e a utilização de sementes criolas.
Além disso, defendia a conservação do meio-ambiente e era um homem muito solidário, recordaram aqueles que o conheceram e compartilharam com ele suas experiências.
Em 2017, saiu da região Ixil e dirigiu-se a Chisec, Alta Verapaz, onde desenvolvia atividades similares até seu assassinato, pois investigadores descartam o roubo como motivação, já que seus pertences estavam no veículo.
O cidadão francês foi perseguido pelo criminosos e por isso os impactos de bala estavam na parte traseira do veículo, ainda que as investigações avançam, adiantou Casimiro Hernández, Procuradora do Ministério Público no distrito de Quiché.
A embaixada da França na Guatemala e várias organizações civis e de defesa dos direitos humanos condenaram aqui o assassinato de Benoit Maria.
Líderes indígenas e humanitários se despediram nesta quarta-feira do diretor do Avsf em um pequeno funeral na cidade de Quetzaltenango.
Amanhã está previsto que transportem seu corpo a esta capital para ser repatriado à França.
Grupos humanitários pediram que se esclareça um ato que não é de simples violência; ele foi perseguido e exigimos justiça, denunciaram.