Brasília, (Prensa Latina) O Brasil enfrenta uma tragédia de proporções incalculáveis devido à pandemia Covid-19 e à onda de casos e mortes, afirmou no dia anterior o diretor de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan.
Ele ressaltou que é provavelmente a quarta onda a atingir este país.
Ele destacou as qualidades do sistema público de saúde brasileiro e a ação dos estados para tentar conter a alta transmissão do patógeno. Mas ele alertou sobre a urgência de controlar a transmissão no nível da comunidade.
‘Não houve nenhum ponto do país que não tenha sido seriamente afetado pela pandemia’, frisou.
Ryan reconheceu que o gigante sul-americano é muito capaz e tem muitas instituições científicas e de saúde pública fantásticas.
No entanto, acrescentou, o aumento do número de infecções e mortes no Brasil serve de lição para o mundo e mostra que a pandemia não acabou.
Também nesta sexta-feira, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanon, alertou que é necessário aumentar a produção de vacinas anti-Covid-19 e acelerar sua distribuição.
‘Agora é a hora de usar todas as ferramentas para aumentar a produção (antídoto), incluindo licenciamento e transferência de tecnologia e, quando necessário, isenções de propriedade intelectual’, insistiu Tedros.
Ele insistiu que, embora os imunizadores sejam uma ferramenta muito poderosa, eles não são os únicos. ‘Ainda temos que acelerar o fornecimento de diagnósticos rápidos, oxigênio e dexametasona’, observou ele.
De acordo com o boletim diário do Ministério da Saúde, o Brasil acumula até o momento 252 mil 835 mortes e 10 milhões 455 mil 630 infectados em decorrência da doença.
Diante dos números alarmantes, o ministério lamentou que o país registre em média mil perdas humanas diárias e 46 mil casos positivos.
Por conta do plano de vacinação do governo, seis milhões 433 mil 345 pessoas receberam a primeira dose do imunizante contra o coronavírus, 4,05% da população brasileira, segundo consórcio de mídia formado pelos jornais O Globo, Extra, Estadão, Folha de S. Paulo e os portais de notícias G1 e UOL.