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domingo, 8 dezembro, 2024

Ocidente politiza questões humanitárias na Ucrânia, diz Lavrov

Moscou  (Prensa Latina) O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta segunda (04) que, infelizmente, as tentativas dos países ocidentais de politizar e até especular sobre questões humanitárias na Ucrânia não param.
Em encontro nesta segunda-feira em Moscou com o subsecretário-geral para Assuntos Humanitários das Nações Unidas, Martin Griffiths, o chanceler destacou a importância de sua visita para a continuidade das atividades do organismo internacional nessa área.
“É claro que hoje a situação dentro e ao redor da Ucrânia está no foco da comunidade internacional”, disse o alto funcionário, referindo-se à operação militar especial da Rússia na Ucrânia.
Ele explicou que Moscou estabeleceu contato com o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários há algum tempo, enfatizando que essa interação ajuda a resolver problemas humanitários enfrentados pelas pessoas não apenas no leste da Ucrânia, mas também em outros lugares.
Observando que todas as pessoas em situação difícil devem receber assistência humanitária, ele disse que seu país está implementando essa assistência de forma mais ativa para as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk. “Também estamos cooperando com nossos parceiros internacionais, incluindo a ONU, bem como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, para organizar comboios humanitários para cidades como Sumy, Kharkiv, Mariupol”, disse Lavrov, referindo-se às cidades da Ucrânia que estão em meio da luta.
Durante o diálogo com o representante das Nações Unidas, o ministro qualificou os supostos acontecimentos na cidade ucraniana de Bucha como “um falso ataque” e estimou que ali se realizou uma encenação, que a Ucrânia e o Ocidente estão a difundir por todos os canais e redes sociais possíveis. “Outro ataque falsificado foi lançado na cidade de Bucha, região de Kiev, depois que militares russos deixaram lá, de acordo com os planos e acordos alcançados”, afirmou.
Ele lembrou que há duas semanas houve tentativas de encenar um crime pelo Exército russo em uma das maternidades de Mariupol. “Como mais tarde ficou conhecido, as tentativas foram feitas com um propósito abertamente provocativo, e os materiais falsos que foram apresentados foram expostos”, alertou.
Na noite de sábado passada, foram divulgadas imagens de corpos caídos nas ruas de Bucha, alguns com as mãos amarradas. A este respeito, o assessor do gabinete do Presidente da Ucrânia, Mikhail Podoliak, declarou que os civis “estavam desarmados”, “não representavam qualquer ameaça” e “foram mortos a tiros por soldados russos”.
Ontem, o Ministério da Defesa russo considerou as imagens uma provocação e denunciou que se trata de uma encenação criada para a mídia ocidental.
Ele esclareceu que todos os soldados russos deixaram Bucha em 30 de março, enquanto as imagens foram transmitidas quatro dias depois, depois que membros do Serviço de Segurança ucraniano e da televisão local chegaram à cidade.
Segundo a entidade militar, os fatos “confirmam irrefutavelmente que as fotos e vídeos de Bucha são mais uma encenação do regime de Kiev para a mídia ocidental, como aconteceu em Mariupol com a maternidade, assim como em outras cidades”.

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