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sábado, 18 janeiro, 2025

Objetivos de Israel e dos EUA.

Por Gustavo Robreño Dolz*

Prensa Latina – Os trágicos acontecimentos que desmembraram a Síria e o seu povo estão associados ao extermínio do povo palestiniano na Faixa de Gaza e aos bombardeamentos contra a população civil libanesa. O Irão, embora não seja propriamente um país árabe, também está localizado na região e tem sido abertamente ameaçado e condenado.

Visto como um todo, é claro que existe um plano determinado e deliberado por parte do governo imperialista dos Estados Unidos e do regime terrorista sionista de Israel, com o objetivo de destruir a capacidade e influência política, militar e económica dos países do Médio Oriente e passam a exercer o domínio absoluto daquela vasta região, acompanhado pelo extermínio do povo palestiniano, já iniciado com o Holocausto na Faixa de Gaza e nos territórios ocupados da Cisjordânia.

Perante o evidente declínio imperial e a possível emergência de uma nova ordem mundial, essa tem sido a resposta daqueles que procuram impedi-lo a todo o custo e chegaram à conclusão de que só a violência exercida das mais diversas formas e com diferentes pretextos irá ser o caminho para perpetuar a velha ordem e continuar a submeter uma parte importante da humanidade, desta vez ao Médio Oriente, ao seu controlo e comando, saqueando as suas riquezas através do roubo – como na Síria – ou em concessões desiguais e obrigatórias.

A Líbia, o Iraque e a Síria já foram devastados e agora o objetivo parece estar dirigido ao Líbano, pequeno e indefeso, formando assim uma pinça insaciável de destruição e crime a favor da velha ordem nesses territórios ricos.

Até agora, o mundo e as suas instituições chamadas a evitá-lo olharam destemidos para as ações do terrorismo imperial e não conseguiram, ou não conseguiram, ou não quiseram, falar com firmeza sobre esta repressão que está a fechar-se.

As atitudes que agora se assumem face a esta eclosão do nazifascismo imperial serão decisivas para conter a sua expansão no futuro para outras regiões do mundo, que também enfrentariam as mesmas consequências se não estiverem atualmente preparadas para as superar.

*Gustavo Robreño Dolz

Jornalista cubano aposentado que trabalhou em diversos meios de comunicação. Diretor Geral da Agência Prensa Latina de Notícias (1973-1984). Vice-diretor do jornal Granma (1984-2004). Ele ocupou cargos diplomáticos no exterior. É membro titular da Sociedade Económica dos Amigos do País. Professor a tempo parcial no Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI). Assessor do Escritório do Programa Martí.

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