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sexta-feira, 19 abril, 2024

O que ainda pode acontecer antes das eleições

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Alerta: “Como o antipetismo pode não se mostrar suficiente para catapultar a vitória de Bolsonaro, só o crime organizado daria conta da tarefa”
Jornal GGN – Aparentemente nada poderá mudar o cenário que aponta para um segundo turno entre os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Faltando menos de dez dias para o segundo turno, todas as pesquisas de intenção de voto não indicam para outra direção. Mas, existem alguns fatores que devem ser observados e, se não contribuírem para mudar o quadro esperado na primeira etapa desta eleição, poderão influenciar na decisão final de segundo turno.
Os fatores foram levantados na coluna “O que ainda pode virar na eleição da omelete”, de Maria Cristina Fernandes, no Valor econômico, se referindo ao aumento significativo do consumo da proteína animal mais barata no mercado, impacto de uma economia em crise.
“O consumo, que vinha mais ou menos estável até 2014, disparou, a ponto de hoje o mercado ser disputado por aplicativos de entregadores do produto. A resignação com a dieta foi captada pelo publicitário André Torreta em um dos grupos qualitativos de pesquisa que conduz diariamente. Uma participante lhe disse que seria muito bom se a galinha também botasse bife”, comenta Fernandes arrematando que o eleitorado feminino, responsável por segurar o orçamento doméstico em tempos de recessão, será decisivo no pleito.
Aliás, o posicionamento das vices Kátia Abreu e Ana Amélia quanto ao movimento #EleNão, ainda não definido, poderá “desestabilizar” o cenário definitivo das próximas pesquisas.
“Esta é a vidraça mais fina de Jair Bolsonaro. Tanto pelo conjunto de sua obra (Maria do Rosário não merece ser estuprada, filha é fruto de uma fraquejada, salário desigual é problema do mercado e ameaça à ex-mulher) e da contribuição aportada pelo vice Hamilton Mourão (lares conduzidos por mães e avós produzem desajustes), quanto pela conjuntura econômica em que se desenrola na sucessão”, completa a colunista.
O segundo movimento que poderá influenciar nas eleições está nas mãos da justiça e da Polícia Federal sobre o caso do agressor de Bolsonaro. “[Ele] não precisou de 72 horas para conseguir a autorização que lhe permitirá dar não apenas uma, mas duas entrevistas, enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva completará seis meses de prisão no dia 7 de outubro sem que a mesma regalia lhe tenha sido franqueada”, fustiga.
Para quem acredita que o esfaqueador de Bolsonaro estaria fora do baralho, entre as possíveis cartadas dessas eleições, Cristina Fernandes lembra que sempre há espaço para manobras baseadas em teorias da conspiração:
“As camisetas e bandeiras do PT traficadas para dentro da casa em que Abílio Diniz foi sequestrado deixaram a disputa política e viraram história. A influência dos manuais dos sequestradores para a formação daqueles que um dia se tornaram os líderes do PCC também. Como o antipetismo pode não se mostrar suficiente para catapultar a vitória de Bolsonaro, só o crime organizado daria conta da tarefa”, conclui. Clique aqui para ler o artigo na íntegra. 

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