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sexta-feira, 29 março, 2024

O Oriente Médio que conhecemos está vivendo seus últimos dias

CC0 / Pixabay /
 Sputnik
Washington continua a traçar seu novo mapa do Oriente Médio. Em uma entrevista com a Sputnik, o membro libanês do bloco de Lealdade da Resistência, Walid Sakriya, comentou sobre a visita do presidente Donald Trump à região.
O encontro de Donald Trump com os líderes dos países árabes visava criar o novo equilíbrio de poder na região. A Síria, por exemplo, estaria na lista de futuros aliados dos EUA que deveriam romper os laços com seus atuais parceiros.
A nova estratégia visa expulsar a Rússia do Oriente Médio, diz o deputado.
“Na década de 1930, o presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, concordou com o fundador da Arábia Saudita, o rei Abd al-Aziz Al Saud, a prestar apoio e proteção dos EUA em troca de petróleo”, lembrou o entrevistado.
Presidente dos EUA Donald Trump
© AP PHOTO/ MATT ROURKE
Agora que novas ameaças surgiram para o reino saudita, chegou a hora de atualizar a estratégia política, e esta necessidade se reflete na criação da nova organização regional chamada “OTAN árabe”. O Reino, por sua vez, planeja aumentar o montante de seus investimentos na economia dos EUA, acrescenta.
Obviamente, os sauditas consideram que Israel, o Irã e seus aliados, o Hezbollah e a Síria, são seus principais inimigos e a maior ameaça, diz Sakriya. Trump, por sua vez, proclamou que o Irã é o inimigo por causa de Israel.
“Em primeiro lugar, haverá um complô contra a Síria, mais tarde uma mudança de poder no país, então ele se tornará um aliado dos EUA e, como resultado [Washington] vai expulsar a Rússia da região e outros países que estão contra a política dos EUA”, disse o especialista libanês.
Do ponto de vista do parlamentar, o plano dos EUA envolve a desintegração da Síria para garantir a segurança de Israel e sua proteção contra o Iraque e o Irã. De acordo com Sakriya, o Oriente Médio, como estamos acostumados a vê-lo nos mapas, pode estar vivendo seus últimos dias.

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