PERSPECTIVAS DE UM GOVERNO FASCISTA MOVIDO A SLOGANS E ILUSÕES NEOLIBERAIS
Da redação de Pátria Latina
Há grande probabilidade do capitão Messias Bolsonaro, implante, como primeiro ato de seu governo, novamente, a ditadura militar no Brasil. Também não faltará todo tipo de farsa, mentiras, fraudes, para quem não teve vergonha de aparecer no canal de televisão de maior audiência, em horário nobre, para denunciar a inexistente cartilha gay como ação petista.
A famigerada cartilha, na verdade, trata-se de um livro editado na França, com autora e ilustrador franceses, que foi traduzido e vendido aqui e em outros 40 países. Nem sequer foi adquirido pelo Ministério da Educação ou Secretarias Estaduais de Educação, como afiançou a Companhia das Letras, a editora da publicação no Brasil.
E o Messias se apresentará como ungido pelas urnas, dando legitimidade ao golpe de 2016, embora tenha obtido, no máximo, aprovação de um terço dos eleitores no primeiro turno das eleições.
E o que fará o ditador, em sua medíocre perspectiva política, que não enxerga as variedades e sutilezas, as complexidades da vida humana e da natureza, além de um binário e oposto sim ou não, direita ou esquerda, bom ou mal, amigo ou inimigo? Vem-me a frase atribuída a Einstein: “a natureza é sutil, nunca maldosa”. E aí Bolsonaro?
Mas não acabou em 2016 a agressão ao povo brasileiro! Quem assumirá a direção do golpe nessa nova fase, já que é impensável imaginar o tosco capitão dirigindo generais, almirantes, brigadeiros e, pior ainda, economistas e advogados, políticos e empresários muito mais treinados na arte de comandar, conduzir e ter sucesso, ganhar?!
São desastrosas as perspectivas de um candidato sem noção das exigências do cargo que pretende ocupar. Com um plano de governo que não passa de slogans e ilusões neoliberais, ideais para banqueiros e colonizadores estrangeiros.
O Brasil, à beira do abismo, dará um passo de ganso à frente, como os que viam a “Alemanha acima de tudo”.Ou alguém imagina que o Instituto Inovação e Governança do PSL tem uma fábrica de soluções que salvará, como a cavalaria ianque, no filme de matança de índios, o perdido capitão?!
Ou que, à semelhança da Ministra Rosa Weber, Bolsonaro vota contrariamente à sua convicção, evitando a prisão do Temer, impedindo o auxílio público às crianças deficientes, e, defendendo a família, enquanto usa o auxílio moradia de parlamentar para “comer gente”?!
A grande fraude, que colocou o Capitão Dreyfus na cadeia em 1894, pode colocar na Presidência do Brasil o Capitão Bolsonaro, em 2019. A tragédia francesa impulsionou a derrocada monarquista, quiçá a eleição de Bolsonaro acorde os patriotas trabalhadores do Brasil desta perigosa letargia.