32.5 C
Brasília
domingo, 6 outubro, 2024

O bloqueio contra Cuba: antes de Kennedy e depois de Biden?

«Santa Clara e Bayamo estão se mobilizando contra o bloqueio dos EUA. Irmãos e irmãs de muitas cidades do mundo também estão construindo pontes de amor para Cuba neste domingo, 30 de janeiro. Temos resistido durante 60 anos e não nos cansaremos de exigir o fim de uma política atroz e obsoleta», disse, no Twitter, o primeiro-secretário do Comitê Central do Partido e presidente da República, Miguel Díaz-Canel Bermúdez.

Nem a frente fria nem o chuvisco teimoso que impôs no país condições de inverno impediram que o calor do povo se espalhasse no berço da nacionalidade cubana, Bayamo, e na cidade de Che, Santa Clara, dois símbolos de ética e compromisso com os sentimentos mais nobres dos cubanos.

Em bicicletas, carros, lambretas, triciclos, ônibus, caminhões e até em cavalos, moradores de Villa Clara e de Bayamo se juntaram aos milhares de pessoas solidárias com Cuba em mais de 25 países que também marcharam neste domingo, 30, contra a infâmia. Transportando bandeiras cubanas, de 26 de julho e as bandeiras de organizações políticas e de massa, o pelotão multicolorido demonstrou a decisão irrevogável de resistir ao bloqueio pelo tempo necessário, e de fazê-lo de forma criativa, tal como o presidente Díaz-Canel pediu.

CONTRA A INJUSTIÇA

A solidariedade com o povo cubano também foi expressa em Miami. Photo: Prensa Latina

O pequeno Ángel Luis Nápoles não quis ficar em casa neste domingo. Junto com seu pai, José Luis, ele foi um das centenas de moradores que se juntaram à caravana de solidariedade e amor para condenar a política imperial genocida que em 3 de fevereiro completará 60 anos desde que foi oficialmente decretada, após a assinatura do então presidente John F. Kennedy, o mesmo da Baía dos Porcos e da Operação Mangosta, com toda sua sabotagem, gangues criminosas, ataques piratas, enfim, o terrorismo contra nosso povo.

«Eu vim porque é injusto que não nos vendam remédios ou materiais para crianças cegas, como meu professor me explicou», disse o menino de oito anos, que segurava a pequena bandeira cubana na mão esquerda.

Tal como ele, os jovens estudantes e trabalhadores que participaram da marcha na cidade central de Cuba puderam contar uma história diferente sobre como foram afetados pela política irracional que não começou em fevereiro de 1962, quando a Ordem Executiva 3447 somente oficializou esse ato desumano.

AS VOZES DOS CARAVANISTAS DE BAYAMO

«Mais uma vez estamos demonstrando o que estamos fazendo contra o bloqueio, demonstrando nossa firmeza», disse Reynaldo Fernández Rivero, primeiro secretário da União da Juventude Comunista (UJC) em Granma, no início da caravana que partiu da Praça da Pátria, na cidade de Bayamo.

«Estou convencido de que o bloqueio não atingirá seu objetivo de destruir a Revolução. Esta é uma marcha histórica que nunca se realizou em Bayamo. O dia nos pregou uma peça, mas aqui estamos nós, protestando contra esta política alienada que prejudica nosso povo», disse outra das jovens Bayamo, Yanelkis Yera, enquanto seu compatriota, Ebenezer Castillo, disse à televisão Granma que para ele «significa muito poder apoiar minha Revolução contra o bloqueio, porque significa lutar pelo meu país e por seu bem-estar».

ÚLTIMAS NOTÍCIAS