Cesar Fonseca
Lula, em visita meteórica à Europa, vira maior estadista global por fortalecer social democracia frente à ultra direita neoliberal para a qual perde espaço por carecer de discurso social forte e decisivo capaz de impedir avanço fascista.
Os líderes europeus visitados por Lula vivem, no momento, sufoco econômico, social e político, nessa era pandêmica que empobrece a maioria da humanidade, enquanto super enriquece uma minoria de forma escandalosa, propensa ao fascismo.
O exemplo brasileiro é sintomático, nesse sentido.
O capitalismo que, em situacao semi-normal de temperatura e pressão, vive cronica insuficiência de demanda global, como sentenciou Marx em O Capital, agora, na pandemia, perdeu o rumo.
As incertezas que se traduzem em desemprego e inflação especulativa bursatil nas dívidas públicas superiores ao PIB produzem resultados negativos, desmoralizam sociais democracias que caíram no modelo neoliberal e fazem emergir situações tensas potencialmente revolucionárias.
Enfim, a social democracia se desmoralizou e abriu espaco não ao socialismo mas ao fascimo, pelo menos por enquanto.
As chances emergentes da direita fascista colocam em xeque-mate os sociais democratas incapazes de gerenciarem politicamente o neoliberalismo que aprofunda crise capitalista incontrolável na democracia burguesa.
Temem os sociais democratas reformas mais profundas que estimulariam emergência socialista propensas a removerem o capitalismo especulativo, carente, claro, de base popular.
Antes que isso viesse acontecer os sociais democratas renderiam à emergencia socialista ou bandeariam ao fascismo?
No desespero, requerem nova representação politica para não se sucumbirem diante de novas correlações de forças que sinalizam maior radicalidade como alternativa capaz de aprofundar distribuição de renda.
Caso contrário, tende a crescer ainda mais a insuficienica crônica de demanda global, movel da revolução, abrindo espaço maior aos fascistas, enquanto as lutas revolucionárias se encontram em quarentena.
Lula, que significa emergência do trabalho massacrado pelo capital oligopolista, sem discurso politicamente, radical, por enquanto, nas atuais circunstâncias, emerge como liderança adequada ao fortalecimento da social democracia no modelo europeu acossado pelo fascismo ultra neoliberal.
O ex- presidente, que foi à Europa buscar solução contra neoliberalismo que massacra o Brasil, viu, de repente, na condição de remédio político capaz de ser a solucionática para vencer a problemática, como diria Dadá Maravilha, ex-atacante do Galo, que já pinta de campeão do campeonato brasileiro de 2021.