A confusão proposital entre direitos das mulheres e o que hoje se chama “feminismo identitário” gerou uma distorção perigosa: a chamada “política de gênero”, que substitui a luta concreta por igualdade por uma agenda baseada em identidades fluidas e desvinculadas da realidade biológica.
Essa política, longe de ampliar direitos, os dilui — ao ponto de negar a própria categoria “mulher” como algo estável e material. Como apontam críticas feministas, há um esforço deliberado de “reconstituir a categoria mulher com base no sexo”, justamente para resistir à dissolução promovida pelo conceito de gênero.
O resultado é uma sociedade onde chamar um homem de homem — mesmo que esteja usando vestido — pode ser criminalizado, enquanto a verdade científica é silenciada em nome de uma ideologia que confunde liberdade com negação da natureza.
Essa inversão moral tem raízes profundas no pensamento freudiano, que transformou o desejo em centro absoluto da identidade humana. Freud, longe de ser um cientista neutro, projetou suas próprias obsessões sexuais — como o complexo de Édipo — como verdades universais, sem qualquer base empírica.
Seu legado foi transformar a repressão, antes vista como virtude ligada à autodomínio, em patologia. A partir daí, o caminho ficou aberto para que a sexualidade deixasse de ser um aspecto da vida humana para se tornar sua essência — e, por extensão, a base de toda identidade.
A psicanálise, nesse sentido, não apenas sexualizou a infância e a subjetividade, mas preparou o terreno para que qualquer limite moral fosse visto como opressão. Isto é ensinado até hoje nas universidades, nos cursos de psicologia e pedagogia.
O neoliberalismo (o verdadeiro “macho tóxico”), por sua vez, aproveitou essa subjetividade fragmentada para transformar a emancipação feminina em mercadoria. A conquista das mulheres foi reduzida à vulgarização do corpo — como se liberdade significasse apenas exposição, consumo e disponibilidade sexual.
Esse sexismo disfarçado de progresso não empodera; pelo contrário, aprisiona as mulheres em padrões de hipersexualização que servem ao mercado, não à dignidade.
Freud, com sua visão do ser humano como escravo da libido, pavimentou essa visão mecanicista da mulher, onde sua humanidade é trocada por um corpo desprovido de alma, razão ou propósito além do desejo.
Hoje, essa lógica invade até o sistema de justiça, que passa a punir não atos, mas pensamentos — ou melhor, a recusa em aceitar uma narrativa imposta. A “caça às bruxas” moderna não queima corpos, mas reputações, empregos e liberdades.
Qualquer um que ouse dizer que “o rei está nu” — ou que um homem de vestido continua sendo um homem — é rotulado de extremista, transfóbico ou fascista. Trata-se de uma censura ideológica disfarçada de proteção, que, na prática, nega o direito à verdade e à liberdade de expressão.
Feministas críticas do gênero já alertam que essa abordagem não só apaga as mulheres como sujeitos políticos, mas também impede qualquer debate racional sobre biologia, direitos e justiça social. Algumas comparam isto à censura contra quem critica os cursos de economia que foram reduzidos ao papel menor de “sustentar o dólar como moeda referência”.
A saída não está em negar os direitos das mulheres, mas em resgatá-los da armadilha identitária. Isso exige rejeitar tanto o freudianismo — que reduz o ser humano ao instinto — quanto o neoliberalismo cultural, que transforma identidade em produto.
A verdadeira emancipação feminina não nasce da negação da realidade, mas do reconhecimento da dignidade inerente à mulher como ser integral: corpo, mente, alma e propósito.
Como bem lembra um artigo que li recentemente, a civilização ocidental só se recuperará quando voltar a valorizar o autodomínio, a virtude e a verdade — em vez de entronizar o desejo como único guia moral.
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