Bogotá, (Prensa Latina) A edição 60 do Festival Internacional de Cinema de Cartagena de Índias, na Colômbia, traz uma mostra de cinema indígena que hoje aproxima o público à realidade de alguns das centenas de povos nativos da América Latina.
Na seleção, se destaca ?El buen vivir’ (O bom viver), do diretor colombiano Pablo Mora.
Arhuaco, Makuna Barasano, Wiwa, U’wa, Pastos, Guna Dule, Wayuu, Kametza, Murui Muina m+n+ka e Muinane, são os povos ancestrais que, em três capítulos da série, compartilham sua sabedoria em torno da cura do mundo, a comunicação, o cuidado da terra e o poder da palavra, os sonhos e o pensamento.
Do Equador está ?Semillas de lucha’ (Sementes de luta), filme que narra o processo de rebelião de uma comunidade camponesa na província de Esmeraldas dedicada ao plantio de banana ao norte do país.
Explorados por um fazendeiro ganacioso e déspota que os submeteu e converteu em devedores, os camponeses começam a buscar alternativas para sair da condição de miséria e recuperar as terras em que trabalham e que sabem que lhes pertencem.
Unidos, paralisam o comércio, afetando a economia local e nacional e forçando a que suas vozes sejam escutadas em um processo que mudará a história de suas vidas e de todo o país.
Das sementes que estes homens e mulheres se atreveram a plantar, nasceu um valente e necessário processo de rebelião e luta coletiva, destacam especialistas com relação a este áudio-visual, baseado em fatos reais.
O documentário ?Manifesto Wayuu’, da Colômbia, é outra das propostas que os amantes da sétima arte podem ver durante o Festival que acontece até o dia 16 de março.
Este trabalho áudio-visual entra na história escrita pelo conflito armado com fuzis e morte neste país, explicam especialistas.
Especificamente, se aproxima da força das mulheres wayuu que lutam contra o esquecimento das vítimas desse povo.