As fotografias publicadas pela revista Veja do corpo autopsiado do miliciano mostram que Moro tinha razão: o miliciano foi mesmo assassinado.
As imagens e legendas mostram que Adriano foi executado com tiros disparados a curta distância, conforme anotado no laudo da autopsia [aqui, imagens fortes]:
“NO TÓRAX – Marcas sugerem que o disparo foi feito a menos de 40 centímetros de distância;
NO QUEIXO – O ferimento tem características de tiro disparado depois que a vítima já estava no chão;
NA TESTA – O corte pode ter sido provocado por uma queda, uma quina, um facão ou até uma coronhada; e
NO PEITO – A queimadura pode ter sido provocada pelo cano de uma arma longa e de grosso calibre”.
Apesar dos governos Bolsonaro, Rui Costa e Wilson Witzel plantarem versões falsas de que houve tiroteio e confronto, as fotos da autopsia – assim como imagens publicadas dias atrás – fortalecem a hipótese de assassinato programado do Adriano.
Tudo indica que houve queima de arquivo. É preciso identificar quem e por que planejou esta operação que, aliás, parece ter sido coordenada entre as polícias da Bahia e do Rio com Moro, representando os interesses dos Bolsonaro.
Moro tem poderes bonapartistas, mas não possui qualidades telepáticas. Por isso é crível supor-se que, como não é adivinho, Moro sabia de antemão que o miliciano incômodo ao clã dos Bolsonaro seria executado.
Ao que tudo indica, o inconsciente traiu Moro.