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quinta-feira, 17 julho, 2025

Ministério Público da Bolívia anuncia novo caso contra Evo Morales

La Paz, 17 de julho (Prensa Latina) O Ministério Público inicia hoje um novo processo investigativo contra o primeiro ex-presidente indígena da Bolívia, Evo Morales, confirmou o Procurador-Geral do Estado, Róger Mariaca, em declarações à imprensa.

“O que está sendo imputado a essa pessoa (Morales) é um novo caso iniciado em La Paz, resultante de várias declarações feitas por ele”, afirmou a autoridade, citado pela Unitel.

O promotor acrescentou que esta investigação foi aberta em La Paz e que o Ministério Público está conduzindo a investigação.

No último sábado, foi realizada uma reunião da organização política Evo Pueblo, durante a qual seu líder emitiu declarações consideradas ameaças ao processo eleitoral.

“Vamos ver se as eleições acontecem no dia 17 de agosto, (…). Se não estivermos na disputa, não há eleição, não há medo, veremos”, disse o ex-presidente.

Mariaca alertou que o Ministério Público abrirá processos contra quem ameaçar as eleições.

A máxima autoridade do Ministério Público da Bolívia pediu aos atores políticos que respeitem o processo eleitoral previsto para 17 de agosto e considerou que a data deve se transformar em uma “celebração democrática”.

“É inconcebível em qualquer lugar do mundo que, em vez de propostas, ofereçam a morte aos nossos cidadãos. O Ministério Público não é um órgão político e não deve ser usado por ativistas como ferramenta ou parte de seu discurso eleitoral”, enfatizou a autoridade.

Ele destacou que o Ministério Público não pode sair todo dia para falar de política, pois não é essa a sua função.

Mariaca insistiu que, independentemente de quem vença a eleição, os resultados devem ser respeitados, pois os candidatos têm diferentes etapas para fazer campanha e atingir a população com suas propostas.

“Mas quando se ultrapassam esses limites”, observou o promotor, “e se comete crimes previstos na Lei 026, que determina que qualquer ação ou conduta que prejudique direta ou indiretamente o processo eleitoral conduzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deve ser instaurada uma investigação (…)”

Mariaca exigiu respeito ao Ministério Público, às autoridades judiciais e aos magistrados que, como ele, foram eleitos pela Assembleia Legislativa com mais de dois terços dos votos.

Ele reiterou que questões políticas são para políticos e que o Ministério Público prioriza outras ocorrências graves, como homicídios, feminicídios e violência contra a mulher.

Em declarações à Prensa Latina, o presidente do TSE, Oscar Hassenteufel, denunciou uma escalada de ataques sistemáticos contra o Órgão Eleitoral com o objetivo de dificultar a organização e a realização das eleições gerais, previstas para agosto próximo.

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