San Salvador (Prensa Latina) A aprovação de uma lei de mineração de metais e a preservação do meio ambiente confrontam nesta sexta (03) os salvadorenhos, segundo pesquisas.
Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Universitário de Opinião Pública (Iudop) da Universidade Centro-Americana (UCA) colocou em perspectiva o problema da proteção ambiental e da política governamental.
O estudo refletiu que 48,3 por cento responderam que o governo faz alguma coisa ou muito para preservar e proteger o ambiente, enquanto 49,6 por cento disseram que faz pouco ou nada, o que reflete uma questão que é atual enquanto a população espera pelo presidente, Nayib Bukele, abster-se de assinar a Lei Geral de Mineração Metálica.
O quanto você se preocupa com os problemas ambientais do país: muito, pouco, pouco ou nada perguntou o Iudop na amostragem apresentada em dezembro de 2024, e na qual 77,6% responderam muito.
Outras ações que afetam o meio ambiente foram abordadas pela investigação. Nesse sentido, a maioria indicou que ações como o desmatamento, 52,3%, prejudicam o meio ambiente.
Os problemas ambientais estão hoje em destaque após a revogação pela Assembleia Legislativa de uma Lei que proibia a mineração de metais no país, aprovada em 2017.
Agora, em busca de um suposto desenvolvimento, espera-se que o Presidente Bukele assine uma Lei Geral de Mineração Metálica, que encontra oposição de universidades, organizações sociais e comunitárias, da Igreja e de vários setores do país.
Neste sentido, o padre católico Juan Vicente Chopin instou o presidente a vetar a lei mineira, cuja riqueza segundo o governo poderia ultrapassar os três mil milhões de dólares.
O prelado avançou ainda a possibilidade de a Conferência Episcopal de El Salvador (CEDES) emitir um decreto com “consequências canónicas” para os deputados que aprovarem a norma.
Afirmou que se o Presidente Bukele ainda não o aprovou “ele tem a oportunidade histórica de vetá-lo”.
Assegurou ainda que a mineração não é uma questão política, embora tenha implicações políticas, mas na sua essência está diretamente relacionada com a vida das pessoas.
No entanto, quando o presidente propôs a iniciativa, descreveu a proibição da mineração de metais como absurda e explicou que a existência de ouro no país é uma “riqueza dada por Deus que pode ser usada com responsabilidade”.