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sexta-feira, 29 março, 2024

Miguel Littín e a arte como instrumento para falar de injustiças

A arte é um instrumento para falar ao povo do injusto, assegurou no Equador o cineasta chileno Miguel Littín ao apresentar seu mais recente filme, Allende em seu labirinto.

A obra narra as últimas horas da vida do presidente chileno Salvador Allende.

Até a última gota de suspiro que tenha na vida seguirei lutando através do cinema, que é a única coisa que sei fazer, afirmou o diretor de 70 anos de idade, militante do Movimento do Novo Cinema Latino-Americano e um de seus fundadores.

Este filme o fiz porque era uma dívida com minha história, com o Chile e com a América Latina, Alllende é a maior contribuição que o Chile pode oferecer ao mundo, sustentou.

Segundo o diretor, seu objetivo foi contar a história de um ser humano, o Allende que ele conheceu, o homem que via todos os dias, e para isto também apelou à memória de muitos, passou anos entrevistando os sobreviventes do Palácio de la Moneda, sede do governo, naquele momento.

Minha cenografia eram os rostos das personagens, então foi uma forma de contar a história um pouco mais pessoal, porque leva um verdadeiro nível de poesia e de abstração o fato de ver a história através dos olhos de outra pessoa e para isso precisei fazer primeiros planos, dos quais não tenho medo, comentou.

Littín inclusive admitiu atores não profissionais em várias cenas porque diz ser capaz de trabalhar com quem tenha ao lado, só se importa em transmitir a veracidade dos sentimentos.

O diretor duas vezes indicado ao Oscar e premiado com vários Prêmios Ariel, entre outros, diz não querer competir mais em nenhum festival porque os prêmios desvirtuam a verdadeira razão do cinema, que é a festa de olhar filmes diversos.

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