Washington, (Prensa Latina) O diretor Michael Moore apresentará hoje pela primeira vez nos Estados Unidos seu documentário ‘Fahrenheit 11/9”, um filme que apresenta um olhar muito crítico do presidente Donald Trump e do sistema político norte-americano.
A obra já teve sua primeira exibição mundial em 6 de setembro no Festival Internacional de Cinema de Toronto, Canadá, e nesse mesmo dia Moore escreveu em seu site que o documentário é sua contribuição ‘para acender o fogo embaixo de um público desesperado e desanimado’.
Esse público, considerou o ganhador de um prêmio Oscar em 2003 por sua obra ‘Bowling for Columbine’, ‘deve fazer seu trabalho e acabar com a loucura no 1600 da Avenida Pensilvania’, onde se localiza a Casa Branca.
Fahrenheit 11/9, cujo título faz alusão ao dia seguinte às eleições do 8 de novembro de 2018, quando Trump foi declarado presidente, inclui imagens em que os democratas afirmavam que ele não chegaria ao poder, atividades da campanha do atual chefe de Estado, e inclusive, fala sobre a poluição da água em Flint.
Uma crítica da revista Variety apontou que o documentário, principalmente, se converte em uma poderosa advertência sobre o fascismo, com a mensagem de que sim poderia acontecer nos Estados Unidos.
De fato, ao examinar as forças que Moore acha que contribuíram à vitória eleitoral de Trump, o cineasta traça paralelismos entre sua chegada à presidência e a ascensão de Adolf Hitler na Alemanha na década de 1930.
Segundo artigos sobre o documentário, Moore atribui a vitória do republicano a uma suposição ampla de que sua rival democrata Hillary Clinton ganharia; a interesses estabelecidos; e a meios de imprensa que priorizaram as grandes audiências geradas por Trump para seus programas de televisão.
Analisamos a pergunta de como diabos nos metemos neste problema e como fazemos para sair. Trump ficou dando voltadas por um longo tempo e nos comportamos de uma certa maneira, e quando olhamos para trás agora vemos como o caminho foi traçado para ele, declarou Moore à imprensa em Toronto.
Estamos em uma guerra para recuperar nosso país. Qualquer um que não entenda isto vai estar sumamente decepcionado com os resultados do que está por acontecer nos próximos anos com Donald Trump, manifestou o diretor.
Além da projeção esta noite em Flint, onde haverá um diálogo do diretor com o público, o filme se apresentará em Nova York em 13 de setembro e em Washington DC no dia 17, antes de sua exibição em massa, informou a revista Billboard.