Havana, (Prensa Latina) Nós, os médicos cubanos, chegamos ao Brasil dispostos a prestar nossos serviços onde fizesse falta e assim fizemos, afirmou hoje a doutora Karelia Arégola no aeroporto internacional José Martí desta capital.
No Brasil contribuímos para melhorar a qualidade de vida de pacientes de escassos recursos e recebemos o carinho de um povo ávido de atenção, expressou a doutora em nome de seus companheiros.
Diante do ministro de Saúde Pública, José Ángel Portal, a especialista compartilhou alguns episódios de suas vivências e condenou os pronunciamentos de Bolsonaro, que questionou a preparação dos médicos e condicionou sua permanência na iniciativa impulsionada em 2013 pela então presidenta do Brasil, Dilma Rousseff.
Por sua vez, o vice-ministro de Saúde Pública, Luis Fernando Navarro, destacou o trabalho humanitário dos médicos, bem como sua ética e profissionalismo.
Nunca se esquecerá o que fizeram pelo povo do Brasil, comentou Navarro ao recordar o trabalho que em cinco anos desempenharam mais de 20 mil profissionais da ilha nesse país.
No dia 14 de novembro, o Minsap anunciou a decisão de não continuar participando no programa Mais Médicos do Brasil, depois das expressões depreciativas do governante eleito.
Bolsonaro questionou a preparação dos profissionais cubanos, a quem adiantou, obrigaria, ao assumir o governo, a revalidar o título e à contratação individual como única via, ignorando acordos com a Organização Pan-Americana de Saúde.
De acordo com dados oficiais, os especialistas atenderam 113 milhões de pacientes e cerca de 700 municípios tiveram pela primeira vez um médico.
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