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sexta-feira, 20 setembro, 2024

Marcha pela dignidade na Colômbia chega a Bogotá

Bogotá, (Prensa Latina) A Marcha pela Dignidade na Colômbia chegou nesta sexta (10) a esta capital, depois de mais de 15 dias de percurso denunciando as políticas do Governo.
O movimento pela paz começou sua caminhada há 15 dias em Popayán, departamento de El Cauca, cerca de 587 quilômetros ao sudoeste desta cidade, e passou por comunidades e cidades de 22 municípios antes de chegar a Bogotá.

Em cada parada, seus integrantes manifestaram seu repúdio à violência no país e ao assassinato de líderes sociais, indígenas, camponeses, afrodescendentes e pessoas LGBT.

Durante o trajeto, estabeleceram diálogo com as populações e organizações vítimas da violência política e da injustiça social.

A Marcha pela Dignidade tem como objetivo gerar ações efetivas de proteção à vida e contra a morte de líderes e defensores de direitos humanos em todo o país.

Além disso, convida a refletir sobre as condições da realidade, a verdade, a justiça e exigir ao Estado a implementação do acordo de Paz entre o Governo nacional e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo, estabelecido em Havana, Cuba, em 2016.

Seus integrantes pretendem que os colombianos analisem a fundo as causas e consequências do extermínio da vida e da natureza e dizer sem censura quem se beneficia com isso.

O trajeto procurou romper o silêncio contra a fome e a pobreza provocadas por décadas de maus governos aliados a estruturas mafiosas e genocidas que fortaleceram paramilitares e militares violadores de meninas e meninos, estruturas estatais da polícia que roubam, deslocam e assassinam os defensores da vida, afirmam seus membros.

Pretende também analisar os efeitos das medidas políticas, econômicas e sociais impostas pelo governo colombiano através do Centro Democrático (partido no poder) e do sistema financeiro que violam abertamente os direitos fundamentais e favorecem bancos e setores poderosos.

A Marcha pela dignidade espera que o presidente escute suas denúncias, necessidades e propostas, que desde os territórios surgiram para enfrentar a violência e o abandono.

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