San José (Prensa Latina) Centenas de membros dos grupos sindicais do Movimento Sindical e Social marcham nesta segunda-feira (19) na Costa Rica contra as políticas neoliberais do governo e qualquer empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Em diferentes partes do país, os manifestantes realizam manifestações, caravanas de veículos e marchas, que nesta capital acontecem desde a estátua de León Cortés até a nova sede da Assembleia Legislativa, para expressar a rejeição de trabalhadores e cidadãos às propostas legais de Emprego Público e a eliminação da jornada de oito horas, e contra o FMI.
Pouco antes de iniciar a caminhada, o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Empregados do Fundo e da Previdência Social (Undeca), Luis Chavarría, disse à Prensa Latina que a manifestação é de natureza pacífica e busca denunciar as políticas neoliberais que afetam a classe trabalhadora e vai endividar ainda mais o país.
Da mesma forma, no caso específico da Undeca, exigimos medidas de proteção para os profissionais de saúde que estão na primeira linha de atendimento à pandemia de Covid-19 na Costa Rica, sob o lema que se os profissionais de saúde estão em risco, Os costarriquenhos estão em perigo.
Ele lembrou que recentemente fracassou um diálogo entre representantes sindicais e autoridades sanitárias porque – segundo organizações trabalhistas – a diretoria do Fundo de Previdência Social da Costa Rica (responsável pela saúde pública neste país) insiste no reaproveitamento de equipamentos como o respirador com filtro N95 ou similar.
Os manifestantes marcham pelo Paseo Colón e depois vão pela Segunda Avenida até se concentrarem no Parque da Democracia, em frente à nova sede da Assembleia Legislativa, que é inaugurada neste dia, para pedir aos deputados para rejeitarem os projetos legais que afetam as grandes maiorias.
Este é o terceiro protesto sindical em duas semanas, já que no dia 6 se realizou um nesta capital e no dia 14 nas proximidades do aeroporto internacional Juan Santamaría, na vizinha província de Alajuela, enquanto o de hoje é nacional.
Por outro lado, desde o dia 30 de setembro anterior e para rejeitar uma proposta do Governo ao FMI para receber um empréstimo de US $ 1,75 bilhão, eles bloquearam estradas que fazem parte do Movimento de Resgate Nacional (MRN), um grupo da sociedade civil com apoio recente de alguns sindicatos e até de empregadores.
Na última quinta-feira, os dirigentes da MRN anunciaram a suspensão temporária – até quarta-feira – dos bloqueios de estradas. Este protesto, com fortes altercações entre os manifestantes e a Força Pública, é o mais violento das últimas três décadas na Costa Rica, outrora chamada de Suíça da América Central e do país Pura Vida, paraíso na Terra.