Protesto do povo Mapuche [Foto: Radio Havana Cuba/Reprodução]]
itu, 56 anos, iniciou o jejum em 3 de junho para exigir a anulação do julgamento contra ele, a libertação dos prisioneiros Mapuche e condições de prisão dignas para os membros das comunidades indígenas.
O líder do CAM foi condenado no dia 7 de maio a 23 anos de prisão: 15 deles por incitação e defesa da violência, cinco por roubo de madeira e outros três por agressão a autoridades.
A defesa rejeitou a aplicação em democracia da Lei de Segurança Interna do Estado a um líder do povo da nação Mapuche e o uso de testemunhas protegidas para conseguir uma longa sanção que considerou injusta.
“Meu pai está em um estado crítico e delicado. Lembremos que ele já passou por diversas greves que pioraram sua saúde e tem problemas crônicos como hipertensão e trombose”, declarou seu filho Ernesto Llaitul.
O jovem não descartou que um desfecho fatal pudesse ocorrer a qualquer dia.
A família exige agilização de sua transferência para o presídio de Temuco, onde está detido seu outro filho, Pelentaro, e onde existe um módulo especial para membros da comunidade indígena.
Com mais de um milhão de habitantes, os Mapuche são o maior povo indígena do Chile e mantêm um conflito histórico com o Estado devido à desapropriação de suas terras ancestrais.
Nos últimos anos, foram registrados atos de violência na chamada Macrozona Sul que causaram a morte de indígenas, colonos e membros das forças de segurança, além de incêndios em propriedades e máquinas agrícolas.
Numa recente visita ao Chile, a Relatora Especial das Nações Unidas para a Independência dos Juízes e Advogados, Margaret Satterthwaite, considerou a necessidade de levantar sem demora o estado de emergência nas regiões de La Araucanía e Bíobío.
O responsável lamentou os recentes assassinatos ali ocorridos, os incêndios intencionais e a violência armada.
Mas também lamentou as penas duras e discriminatórias na aplicação da lei e o facto de muitos prisioneiros Mapuche recorrerem a greves de fome por pedidos de benefícios aos quais já podem ter direito.