O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, disse neste domingo (27) que seu país é vítima de agressão contínua por parte do governo dos EUA desde que surgiu a Revolução Bolivariana há 20 anos; atualmente – destacou – está em pleno andamento um golpe contra a nação. “Durante estes 20 anos a Venezuela passou por uma conspiração para tentar prejudicar a vida política e social e há uma campanha em curso para desestabilizar o país, e eu próprio tenho sido vítima de um assédio permanente” que se agravou com a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos”; as declarações foram feitas durante entrevista exclusiva ao jornalista Cükeyt Özdemir, da rede de TV CNN da Turquia.
247, com AVN – O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, disse neste domingo (27) que seu país é vítima de agressão contínua por parte do governo dos EUA desde que surgiu a Revolução Bolivariana há 20 anos. Atualmente – destacou – está em pleno andamento um golpe contra a nação. A declaração foi feita durante entrevista exclusiva ao jornalista Cükeyt Özdemir, da rede de TV CNN da Turquia.
“Durante estes 20 anos a Venezuela passou por uma conspiração para tentar prejudicar a vida política e social e há uma campanha em curso para desestabilizar o país, e eu próprio tenho sido vítima, de um assédio permanente” que se agravou com a chegada de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, observou.
O presidente venezuelano disse que vários meios de comunicação dos EUA informaram que Juan Guaidó, vice-presidente da Assembleia Nacional, que se encontra em desacato por ter violado as leis e a Constituição, recebeu ordens do vice-presidente dos Estados Unidos Mike Pence, para realizar o golpe que atualmente está em curso.
“A agência Associated Press e o jornal Washington Post publicou que o vice-presidente dos Estados Unidos deu a ordem em 22 de janeiro para Guaidó se autoproclamar ‘presidente da Venezuela’, com o apoio dos EUA”, revelou.
Conflito entre poderes
O presidente comentou que esta questão pertence ao Poder Judiciário, que vai determinar os passos necessários a serem dados para salvaguardar a Constituição.
“Quando em um país soberano há um conflito entre o Parlamento e o Executivo, se há um conflito de interpretação jurídica e institucional, deve-se ouvir o mais alto tribunal da República e a Constituição da Venezuela diz que a Suprema Corte de Justiça tem uma Câmara Constitucional que vai resolver qualquer conflito de interpretação entre os poderes”, explicou.
“Vou continuar a governar, como estou fazendo, a cada dia continuar a cuidar da paz da Venezuela, continuar a enfrentar ataques e denunciando os EUA, ao mesmo tempo vou continuar a promover o diálogo nacional, com os EUA e com a oposição”, disse o mandatário.
Por outro lado, o presidente Maduro rejeitou o ultimato de países europeus lançado no último sábado (26), exigindo que o país realize eleições dentro de oito dias.
Ultimato europeu
“A Europa tem tido uma posição imprudente, insustentável, e deve retirar seu ultimato. Ninguém nos dá ultimatos. Toda a Europa está de joelhos perante o governo de Donald Trump”.
Maduro ressaltou o caráter confiável do sistema eleitoral venezuelano, avançado, reconhecido internacionalmente e recordou que em 20 anos a Venezuela é recordista mundial na realização de eleições. “Vinte e cinco eleições, das quais vencemos 23; em maio do ano passado houve eleições presidenciais e nós vencemos com quase 68% dos votos”.
Solidariedade
Maduro afirmou que neste cenário de crise o povo venezuelano está motivado para defender a pátria, “pois estamos travando uma batalha histórica pela Venezuela, a democracia, a soberania, a América Latina e o Caribe” .
O chefe de Estado venezuelano também destacou que seu país recebeu manifestações de solidariedade de vários países, incluindo a Turquia: “Sabemos que temos a solidariedade do povo da Turquia e do presidente Recep Tayyip Erdogan, uma expressão do poder da solidariedade, esse poder moral de um homem de valores, muito firme, democrático, corajoso “, disse.
Maduro reafirmou que está disposto a dialogar com todos, com a oposição política, e um diálogo social e econômico.
Diálogo com Trump
Ele disse que não considera provável o diálogo com o presidente dos EUA, Donald Trump, por causa de sua ideologia de desprezo para com a América Latina, mas não considera: “Espero que um dia ocorra o milagre de uma relação de diálogo e respeito por parte do governo dos Estados Unidos”.
“Lamentavelmente, Trump acredita que o mundo é menor do que os Estados Unidos, mas na humanidade que temos hoje não há espaço para o racismo e a exclusão”, disse, salientando que as várias culturas e decisões político-sociais dos povos devem ser respeitados e que “o diálogo e a diplomacia devem prevalecer”.
Guerra econômica
Na entrevista, o presidente venezuelano afirmou que seu país é vítima também de uma guerra econômica, mas reafirmou o compromisso do governo com a continuidade das políticas para proteger o povo da guerra comercial e financeira provocada por setores imperialistas. Esclareceu que essa guerra econômica é um dos instrumentos do golpe de Estado que o governo dos EUA está realizando contra a Venezuela.