Caracas, 10 ago (Prensa Latina) O presidente venezuelano Nicolás Maduro ratificou que a Revolução Bolivariana está comprometida de maneira permanente para garantir a paz necessária ao país, em meio ao esforço por reverter a difícil situação econômica atual.
Desta maneira, respondeu à convocação da oposição para realizar manifestações violentas em primeiro de setembro com o propósito de obrigar a ativação de um referendo revogatório.
Vamos garantir a tranquilidade, independência e soberania política junto ao nosso povo, em união civil-militar, afirmou durante a emissão 63 do programa Em Contato com Maduro, transmitido pela Venezuelana de Televisão do Palácio de Miraflores (sede do Governo).
Nesta terça-feira, a presidenta do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, declarou que a coleta de 20% das assinaturas para ativar o revogatório contra o presidente venezuelano, se realizará no final de outubro.
Se a oposição cumprir com os termos estabelecidos, de 14 a 17 de setembro se decidirá a recolha de assinaturas e então a Junta Nacional Eleitoral terá 15 dias hábeis para apresentar o cronograma, explicou Lucena da sede do órgão reitor do Poder Eleitoral.
Assim se referiu à etapa que deve empreender a direita depois de conseguir apoio de 1% do Registro Eleitoral, o que representa 200 mil assinaturas aproximadamente.
Em virtude desses prazos, o referendo pode ser realizado depois de março de 2017, ocasião na qual se decidirem revogar o mandato de Maduro, o vice-presidente assumirá a direção do país, sem convocar eleições, manifestou ao comparecer em uma coletiva de imprensa.
A propósito dessa declaração, líderes opositores pronunciaram-se contra o que chamaram “dilação do referendo revogatório” e anunciaram mobilizações para gerar insubordinação, desordem e indisciplina social.
Seus planos violentos serão derrotados pela consciência do povo e por um Governo que saberá conquistar a paz a cada dia; estamos curtidos nestas batalhas e sabemos conduzi-las muito bem, sublinhou Maduro.
Além disso, solicitou ao povo e às instituições estatais a cuidarem do trabalho nas “universidades, liceus, movimentos esportivos e culturais, nas missões, grandes missões e a manterem a mobilização permanente”.
Chamo a juventude a estar alerta sobre estas incitações à violência, a denunciá-las, a sair revelando a verdade de seus planos; e chamo o povo a ser garantidor da paz, indicou.
Nesse sentido, o Chefe de Estado designou o vice-almirante Jhonny Jesús Galván García como novo comandante da Guarda do Povo, com o propósito de “fortalecer as estratégias e as ações que sejam necessárias para proteger os venezuelanos”.
Acabo de ordenar ao major general da Guarda Nacional, Antonio Benavides Torres, que me apresente um plano para recuperar e expandir a capacidade de ação da Guarda do Povo, projeto de Hugo Chávez, e designei Galván para que com todo seu conhecimento apoie esta tarefa, anunciou.