O presidente venezuelano Nicolás Maduro (à direita) se reúne com seu colega colombiano, Gustavo Petro, em Caracas, em 7 de janeiro de 2023.
A Venezuela endossa sua disposição de apoiar a Colômbia na busca de um cessar-fogo bilateral com a guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).
HispanTV – “A Venezuela, como país garante [do diálogo de paz entre o Petro Executivo e o ELN], apoiará o Governo da Colômbia no seu objetivo de manter a cessação bilateral e a paz total”, lê-se num comunicado conjunto divulgado este sábado após uma reunião realizada entre o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, em Caracas.
Bogotá anunciou horas antes do início do novo ano de 2023 um cessar-fogo bilateral de seis meses com cinco grupos armados ilegais. No entanto, o governo colombiano cancelou a trégua quatro dias depois com a guerrilha do ELN, após declarar que não havia acordo para interromper as hostilidades.
No entanto, o governo Petro, que está determinado a chegar a um acordo de paz com todos os grupos armados, disse que continuará as negociações com o ELN e insistiu em concordar com uma trégua “verificável” com a organização insurgente.
Governo colombiano e ELN iniciam negociações de paz em Caracas | HISPANTV
Governo colombiano e ELN iniciam negociações de paz em Caracas | HISPANTV
As delegações do ELN e do governo colombiano retomam as negociações de paz em Caracas, capital da Venezuela, após um hiato de quatro anos.
Na visita, a segunda realizada por Petro a Caracas desde que chegou ao poder, os dois presidentes concordaram ainda em facilitar e promover o investimento directo transfronteiriço através de um acordo para a promoção e protecção deste tipo de operação.
De acordo com o comunicado conjunto, esses investimentos promoverão “a transferência de tecnologia, a formação de cadeias de valor agregado e o desenvolvimento produtivo e sustentável” entre os dois países vizinhos.
Maduro e Petro discutiram o “Acordo de Âmbito Parcial” que rege o comércio bilateral entre seus países, bem como o “Acordo Marco de Complementação Econômica” entre Venezuela e Colômbia.
Maduro descreveu a reunião como “muito frutífera” em uma postagem em sua conta no Twitter e garantiu que Caracas e Bogotá têm “um caminho claro para um trabalho conjunto” que trará resultados positivos para ambas as nações.
Com a chegada do Petro ao poder, Caracas e Bogotá retomaram as relações diplomáticas, rompidas desde fevereiro de 2019, quando o governo colombiano, então presidido por Iván Duque, fiel aliado dos Estados Unidos, decidiu reconhecer a oposição como “presidente interino” do Venezuela, Juan Guaidó.
Tradução: Valter Xéu