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terça-feira, 17 setembro, 2024

Maduro denuncia navio turístico ‘pirata’ português que afundou embarcação da Marinha venezuelana

AMÉRICAS

O presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou o ataque e afundamento de um barco da Marinha da Venezuela por um navio turístico “pirata”, a noroeste da ilha de La Tortuga.

Na noite de segunda-feira (30), o navio de passageiros Resolute, com mais de 120 metros de comprimento, entrou em águas venezuelanas, a 11 quilômetros da ilha de Tortuga. Um barco da Guarda Costeira venezuelana foi ao seu encontro. O Resolute bateu contra a embarcação venezuelana, resultando no naufrágio desta última.

Segundo o líder bolivariano, o navio de passageiros Resolute, de bandeira portuguesa, é “oito vezes maior” que a embarcação da Marinha. Apesar do naufrágio, a tripulação venezuelana foi resgatada com vida e conseguiu salvar todo o material de guerra.

“Foi um ato de pirataria internacional”, disse Maduro na terça-feira (31).

O chefe de Estado venezuelano afirmou que o navio turístico está atualmente no porto de Willemstad, capital da ilha Curaçao, e que tenciona “investigar o ato de pirataria“.

“O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela e o Ministério da Defesa iniciaram os respectivos procedimentos a nível diplomático e militar para esclarecer este caso. No entanto, as autoridades venezuelanas não descartam que este navio transportasse mercenários para atacar bases militares na Venezuela”, afirma o comunicado feito pelas autoridades venezuelanas ao Governo de Curaçao.

Maduro pediu ao ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, que realizasse os “procedimentos diplomáticos” correspondentes.

Navios da Marinha venezuelana
© AP PHOTO / LESLIE MAZOCH
Navios da Marinha venezuelana

De acordo com ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, o ataque “gerou danos de grande magnitude e causou preocupação” no navio da Marinha venezuelana, por isso não encaram o que aconteceu “como um caso isolado”.

“A ação do navio Resolute é considerada covarde e criminosa, pois não ajudou no resgate dos tripulantes, violando as normas internacionais que regulam o resgate de vidas no mar”, relatou a autoridade militar.

Sputnik

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