Maduro denunciou o relatório do portal oficial da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), no qual admitem ter pago mais de 460 milhões de dólares a setores da ultra-direita venezuelana com a desculpa de assistência humanitária.
O documento publicado detalha que, através de um acordo assinado em outubro do ano passado, a Usaid comprometeu milhões de dólares com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de planos para recuperar a economia e implementar serviços sociais durante uma ‘transição à democracia’.
Nesse sentido, o mandatário questionou a existência desse dinheiro, que segundo declarou o governo estadunidense, foi entregue ao ex-presidente da AN, Juan Guaidó.
Afirmou também que o único responsável por perder a presidência do Parlamento foi o próprio Guaidó, por causa de seus equívocos torpes na liderança e sua corrupção.
Por outro lado, Maduro disse que os Estados Unidos persegue a Venezuela com o objetivo de atacar todas as importações necessárias para o funcionamento energético do país, não obstante; ‘até agora conseguimos superar isso’, afirmou.
Nesse sentido, explicou que a produção nacional de petróleo conta com relações diversificadas com mais de 15 empresas internacionais, incluindo a russa Rosneft, que compra aditivos para as refinarias e para a produção petrolífera.
Apesar da perseguição internacional, política, comercial e financeira promovida pela administração de Donald Trump, o chefe de Estado venezuelano afirmou que o país sul-americano está aberto ao investimento estadunidense e pronto para receber todos os investidores na área de petróleo, mineração, turismo e telecomunicações.
‘Os Estados Unidos e a Venezuela se encontram geograficamente localizados em uma mesma região, e por essa razão estamos obrigados, para os anos e séculos futuros, a ter relações de respeito, de comunicação e não de confronto’, enfatizou.
Durante a entrevista, Maduro informou ter se reunido múltiplas vezes com investidores de origem estadunidense, nas quais chegou a acordos significativos; não obstante, a Casa Branca bloqueia sua oportunidade de fazer negócios com a Venezuela.