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sábado, 14 dezembro, 2024

Maduro alerta: EUA pretendem colonizar a Venezuela com a chamada Lei Bolívar

HispanTV – Niolás Maduro garante que Caracas tomará medidas contra qualquer venezuelano que apoie o projeto de lei “fascista” dos EUA que visa reforçar os embargos ao país.

“Aquele que pede a aprovação desta lei desde o território nacional, aquele venezuelano que promove, que apoia a aprovação dessa lei e que pede sanções penais e a guerra económica contra a Venezuela viola flagrantemente a Constituição e as leis do “ república, e o Estado e as instituições venezuelanas são obrigados a agir em nome da justiça e da soberania republicana”, disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no sábado.

Durante o encerramento do Congresso Mundial de Jovens e Estudantes Antifascistas, Maduro rotulou a chamada Lei Bolívar, oficialmente ‘Lei para a Proibição de Operações e Arrendamentos’ com o Governo da Venezuela, como um documento “fascista”, aprovado em Segunda-feira pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

A lei, que usa como sigla o nome de Simón Bolívar, herói nacional da Venezuela, deve agora ser aprovada pelo Senado. A iniciativa proíbe o Governo dos EUA de contratar “qualquer pessoa que tenha operações comerciais” com o Executivo venezuelano. O seu objetivo é “manter as sanções existentes” dos EUA contra a Venezuela e “expandi-las para minimizar os recursos” do Governo Maduro.

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA-TCP) denunciou que o projeto de lei dos EUA contra a Venezuela tem “objetivos nefastos”.

O presidente venezuelano denunciou que a lei viola “absolutamente todas as normas do direito internacional” de forma “vulgar e flagrante”, o que se traduz numa guerra económica contra a nação venezuelana. “É uma lei de guerra económica contra o povo da Venezuela. e que tentaram descrever com o nome do nosso libertador Simón Bolívar”, criticou.

Alertou que iniciativas como esta “ visam normalizar o facto de o Congresso dos EUA poder aprovar leis contra países soberanos. Colonizar o mundo inteiro. E devemos aplaudir.”

Diante de tal situação, o líder chavista instou os poderes públicos a agirem imediatamente para preservar a paz e a integridade do país.

Suas declarações foram feitas um dia depois de o Ministério Público venezuelano ter acusado a opositora de extrema direita María Corina Machado por suas ações de “traição ao país”, depois de ela ter apoiado a chamada Lei Bolívar.

Na terça-feira, Caracas rejeitou o sinal verde para esta medida, considerando que o apelido do herói foi usado “descaradamente”, já que Bolívar “dedicou a sua vida a derrotar o imperialismo e o colonialismo”.

A medida soma-se a uma série de ações desestabilizadoras, como a organização de tentativas fracassadas de golpe de estado, tomadas por Washington para derrubar o governo de Maduro. Os Estados Unidos questionaram a legitimidade das eleições presidenciais da Venezuela em julho passado, nas quais Maduro foi reeleito, e declararam o opositor Edmundo González Urrutia como vencedor das eleições.

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