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terça-feira, 16 abril, 2024

Lula-Requião 2018. Frente nacionalista quer modelo chinês desenvolvimentista

Cesar Fonseca

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NACIONALISMO SEM XENOFOBIA
Lula, se não for impedido de disputar, graças à insistência do juiz Moro em tentar processá-lo em primeira instância, mesmo, sem provas concretas para incriminá-lo, arranca imbatível nas pesquisas eleitorais. Requião traria consigo o PMDB, tirando-o, super desgastado politicamente em defesa das contrarreformas antipopulares, das garras de Temer e cia ltda. O senador paranaense e a lider do PT, Gleisi Hoffman, também, do Paraná, arregimentariam o sul progressista, isolando conservadores neoliberais aliados do PSDB, linha auxiliar antinacionalista de Washington que aprofunda recessão e desemprego, no jogo Temer/Meirelles. Eis a Frente Nacionalista Desenvolvimentista.

Bastidores da FRENTE PARLAMENTAR EM DEFESA DA SOBERANIA NACIONAL, lançada, ontem, no Congresso, cogitava de aliança LULA-REQUIÃO 2018. Ameaçada pelo vendaval neoliberal, a soberania, segundo o ex-chanceler Celso Amorim, responsável, no Governo Lula, por botar o Itamarati na linha de frente da cena internacional, precisa ter como norte o nacionalismo “sem xenofobia”(Requião). Por isso, está soando bem aos soldados de primeira hora da FRENTE – partidos, centrais sindicais, associações, movimentos sociais, estudantes etc, etc – o programa BRASIL NAÇÃO, esboçado por intelectuais nacionalista, de esquerda etc, coordenados pelo economista Bresser Pereira, dissidente tucano, no qual pontifica-se fundamentalmente três pontos: 1 – remoção urgente do congelamento neoliberal de gastos públicos, 2 – aumento dos salários e 3 – política cambial competitiva. Ou seja, cavalo de pau no neoliberalismo de Temer/Meirelles, imposto, segundo o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, pelo Consenso de Washington, para sucatear o Brasil de bandeja para as multinacionais. Congelamento de gastos, para vigorar durante 20 anos, como empurrado goela abaixo, no Congresso, não existe em lugar nenhum do mundo, destacou Amorim. Abre-se mão, na avaliação de Requião, do poder do Estado, por meio do qual torna-se possível equalizar a luta de classes, mediante aposta em programas sociais – a força de Lula – que determinam pujança dos mercados internos, sem os quais inexiste capitalismo nacional social democrata, como o inaugurado por Getúlio Vargas. Destruição dos setores sociais(educação, saúde, segurança, infraestrutura, defesa, previdência, legislação trabalhista etc), como a que está em cena, com congelamento neoliberal, impõe lei da savana africana. Os fortes devoram os mais fracos. Receita de Darwin. Seleção natural do capital animal. A política social compreende, na avaliação dos frentistas, respeito total às conquistas sociais e econômicas, inscritas na Constituição de 1988, como fator de estabilidade geral. Elas são responsáveis por estabelecer o estado do bem estar social, que Lula-Dilma perseguiram, até serem derrubados pela direita golpista, em 2016.Ao lado da promoção dos programas sociais, marca registrada do PT no poder(2003-2014), aumento dos salários decorrerá do descongelamento dos gastos públicos, fator de impulso à demanda global. Indispensável será adoção de ajuste fiscal como fator de fortalecimento e não de enfraquecimento do Estado, destacou Bresser. A esquerda, diz ele, não pode ter medo de ajuste fiscal, desde que seja fator de fortalecimento dos agentes econômicos – estado, trabalhadores e empresários. O lucro empresarial precisa ser estimulado, pelo estado, na exata proporção do fortalecimento dos setores sociais, geradores de renda disponível para assegurar a interatividade econômica, produção, distribuição, circulação e consumo, essência do capitalismo. Trata-se de equilíbrio dinâmico. Por fim, faz-se necessário, na avaliação do ex-ministro da Fazenda, no governo Sarney, de viés nacionalista conservador, duramente, atacado pelos neoliberais aliados de Washington, política cambial competitiva anti-populista. A moeda nacional ligeiramente desvalorizada para estimular exportações capazes de gerar superavits em contas correntes do balanço de pagamento ao lado de ajuste fiscal capaz de assegurar oferta e demanda com relativo controle de preços e juros no patamar internacional, mais uma margem de lucro para os investidores. Seria essa, diz Bresser, a alternativa capaz de recuperar sustentavelmente a indústria nacional, em bancarrota desde os anos 1990, quando começou sua destruição por meio de sobrevalorização cambial populista para combater inflação. Com isso, destacou, será possível acumular, anos afora, superavits em contas correntes, como faz a China, faz mais de trinta anos, configurando o desenvolvimento capitalista de maior sucesso na história da humanidade, orientado pelo estado indutor desenvolvimentista. Estado mínimo, como impõe os neoliberais, precisará ser removido com união cívico-militar, segundo o deputado Glauber Rocha(PSOL-RJ), antes que os interesses nacionais sejam engolfados pela vendaval neoliberal. Este, como destacaram Amorim e Samuel, quer o Brasil anti-sulamericano, numa linha pró-nortemericana e europeia, integrando-o à OCDE. Ou seja, fim da soberania. Frente nacionalista neles!

Nacionalismo equilibrista

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