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Para o ex-sindicalista está claro que o país ‘precisa uma união maior, porque a sociedade está sendo violentamente atacada por um Governo (o de Jair Bolsonaro) que não respeita à nação brasileira’, disse Bresser-Pereira a membros da Vigília Lula Livre.
Referiu que para o ex-presidente soberania não é só uma ideia de desenvolvimento econômico, mas é ‘necessário defender a saúde, educação, América Latina e o Mercosul (Mercado Comum do Sul)’.
Além da política exterior, fazer que o país volte a ser soberano é, na visão de Lula, que ainda alimenta respeito e admiração em todo mundo, ter o controle sobre as decisões que a nação deve adotar para favorecer a seu próprio povo, afirmou o também professor da Fundação Getúlio Vargas.
‘Vi-o falando com uma firmeza e uma disposição impressionantes. Uma disposição, inclusive, física. Ele está realmente a todo vapor. Brasil precise líderes como ele’, indicou Bresser-Pereira.
Defendeu que ‘Lula é o maior líder que temos tido após o Getúlio Vargas e está a disposição dos brasileiros. Mas ele recorda que quer sair de aqui (Curitiba) com sua honra absolutamente limpa, no que tem toda razão’.
Em similar sentido manifestou-se Amorim, quem assegurou que o ex-presidente fez que o ‘Brasil fora reconhecido lá afora’, em referência aos anos de ouro da diplomacia nacional durante seu governo (2003-2011).
‘Ao mesmo tempo que se dedica a deixar claro sua inocência, Lula passa boa parte do tempo preocupado pelo país. Ele tem muito claro a ideia de que o problema está na questão da soberania’, reiterou o ex-ministro das Relações Exteriores (2003-2010).
Por isso, acrescentou, o fundador do Partido dos Trabalhadores ‘se preocupa muito da educação, que está sendo atacada de maneira brutal’.
Desde 7 de abril de 2018, Lula permanece em prisão por supostamente ter recebido um luxuoso apartamento triplex na cidade de Guarujá, no litoral de São Paulo, da construtora OAS, em troca de favorecer à companhia em contratos com a petrolera estatal Petrobras.
Em fevereiro, recebeu outra condenação pelos reparos que as construtoras OAS e Odebrecht fizeram em uma propriedade rural atribuída ao ex-presidente em Atibaia, São Paulo, como pagamento a supostos favores políticos.
Ante as acusações, o ex-presidente faz questão de que resulta vítima de uma verdadeira perseguição política e que lutará até o final por sua dignidade.
