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sábado, 5 julho, 2025

Lula critica o papel “insignificante” da ONU diante do genocídio em Gaza

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, fala durante evento na Refinaria Duque de Caxias, 4 de julho de 2025. (Foto: Reuters)

O presidente brasileiro criticou a ONU na sexta-feira por não conseguir chegar a um acordo para impedir o “genocídio” na Faixa de Gaza.

“Faz muito tempo que não vejo a nossa ONU tão insignificante quanto agora. Uma ONU que foi capaz de criar o Estado de Israel, mas não é capaz de criar o Estado Palestino”, declarou o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva durante seu discurso de abertura na reunião do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos BRICS (NDB), no Rio de Janeiro.

Observando que a Organização das Nações Unidas (ONU) não conseguiu chegar a um acordo de paz na Faixa de Gaza, Lula lamentou que essa inação tenha permitido que a agressão israelense contra o enclave se transformasse em um genocídio que está “matando mulheres e crianças inocentes em Gaza”.

Além disso, o presidente brasileiro criticou os líderes europeus pela incapacidade de alcançar uma paz sustentável no enclave e ressaltou que esses mesmos líderes, que não conseguiram conter esta e outras crises bélicas, são os que “têm que tomar decisões econômicas” que afetam toda a comunidade internacional.

O presidente brasileiro voltou a criticar duramente Israel pelos ataques a Gaza, enfatizando que o que está acontecendo é um genocídio contra os palestinos.

Da mesma forma, o presidente brasileiro falou sobre o papel de organizações como o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) dos BRICS na economia global, destacando que “em um cenário internacional cada vez mais instável, marcado pelo recrudescimento do protecionismo, do unilateralismo e pelos efeitos da crise climática”.

“A chamada austeridade imposta pelas instituições financeiras empobreceu ainda mais os países pobres, porque a austeridade torna os pobres mais pobres e os ricos mais ricos. É isso que está acontecendo no mundo de hoje e é isso que precisamos mudar”, acrescentou Lula.

Lula denunciou repetidamente os crimes perpetrados por Israel na Faixa de Gaza, devastada pela guerra. Anteriormente, o presidente brasileiro também acusou a entidade sionista de cometer genocídio. 

Desde 7 de outubro de 2023, o regime israelense realizou ataques indiscriminados na Faixa de Gaza, matando pelo menos 57.268 palestinos, a maioria mulheres e crianças.

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