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segunda-feira, 22 dezembro, 2025

Lukashenko defende Maduro perante os EUA: “Ele é um homem heróico”

HispanTV – O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, descreve seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, como “um homem forte, decente e sensato”.

“Maduro nunca foi nosso inimigo ou adversário. Nunca! Se ele quisesse vir à Bielorrússia, nossas portas estariam sempre abertas para ele. Mas, francamente, nunca discutimos isso. Maduro não é o tipo de homem que abandona tudo e foge. Ele é uma pessoa forte, como Hugo Chávez. É um homem forte, decente e sensato, com quem se pode conversar e chegar a acordos”, enfatizou o presidente bielorrusso em entrevista ao veículo de mídia americano NewsMax, publicada nesta segunda-feira.

Alexander Lukashenko indicou estar ciente dos rumores que circulam entre jornalistas sobre um suposto acordo no qual Nicolás Maduro se mudaria para Belarus para viver lá.

“Nunca discutimos esse assunto com Maduro. Para ser honesto, conversamos mais sobre a Venezuela com os americanos do que com Maduro sobre sua renúncia ou qualquer ação a respeito. Ele é um herói”, enfatizou o presidente bielorrusso.

Após declarar sua convicção de que todos os problemas dos EUA podem ser resolvidos pacificamente hoje, Lukashenko indicou acreditar que poderá discutir o assunto com seu homólogo americano, Donald Trump, em um futuro próximo. “Eu lhe diria muitas coisas interessantes. Uma guerra não levaria a nada”, afirmou.

Nessa mesma linha de raciocínio, ele alertou que uma guerra com a Venezuela seria equivalente a “um segundo Vietnã. Eles precisam disso? Não. Então não há necessidade de travar uma guerra. Eles podem chegar a um acordo.”

Lukashenko também afirmou que um conflito com a Venezuela só faria com que os venezuelanos se unissem em apoio a Maduro.

Ele enfatizou que um acordo pode ser alcançado com Maduro e rejeitou as declarações de Trump sobre um grande aumento no tráfico de drogas proveniente da Venezuela.

Lukashenko criticou os Estados Unidos por não reconhecerem as eleições venezuelanas, afirmando que “as eleições foram realizadas para os venezuelanos, não para os americanos”. Ele também questionou a legitimidade do processo eleitoral nos EUA, aludindo a alegações de fraude na eleição presidencial de 2020.

Os Estados Unidos mobilizaram um enorme contingente militar para o Caribe há semanas, representando o maior destacamento americano na região em décadas, alegando que o objetivo é combater o narcotráfico. Desde setembro, as forças americanas destruíram mais de 20 embarcações supostamente carregadas de drogas no Caribe e no Pacífico, executando extrajudicialmente mais de 87 tripulantes.

Caracas considera os movimentos dos EUA perto de sua costa como uma agressão armada destinada a impor uma “mudança de regime” para se apoderar dos recursos estratégicos do país.

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