Moscou, 6 fev (Prensa Latina) O ministério russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, rechaçou nesta segunda-feira (06) a ingerência estrangeira, as tentativas de desestabilizar a situação na Venezuela e a aplicação de punições regulares contra esse país.
Nós consequentemente nos pronunciamos porque em qualquer estado e qualquer crise interna se resolva no marco constitucional, de acordo com a respectiva legislação e através do diálogo de todas as forças políticas, esclareceu Lavrov.
Tal posição reiteramo-la em várias ocasiões em pronunciamentos de nosso ministério, incluído duas vezes em janeiro deste ano, recordou, em resposta a uma pergunta formulada pela Prensa Latina.
Nesse sentido, afirmamos que a comunidade internacional de nenhuma forma deve imiscuir-se nesse processo, mas ao invés, deve apoiar a formação de condições para o diálogo no marco constitucional, apontou.
Para o caso de Venezuela, a União de Nações Sul-americanos e a Santa Sede colaboraram no referido diálogo, e nós expressamos nossa solidariedade com esse tipo de gerenciamento, declarou o chefe da diplomacia russa.
No entanto, pareceu-nos um pouco estranha a atitude dos opositores ao governo venezuelano com maioria no Parlamento que não só recusaram a esse diálogo, mas que, pelo contrário, chamaram a todos à desobediencia civil, comentou.
A oposição defendeu a prática de agudizar o confrono com muito perigosas consequências, mas, acusou a Rússia de imiscuir-se nos assuntos internos da Venezuela, criticou Lavrov, depois de reunir-se aqui, com seu similar do país sul-americano, Delcy Rodríguez.
Acho que isso foi um passo muito demostrativo da posição assumida pelos opositores, afirmou o ministro russo.
A direita venezuelana nunca comentou anteriores e abertas declarações contra o Governo, feitas por nações da região latino-americana e fora dela, mas sim o fizeram quando Moscou quando chamou a cumprir a Constituição e a lei, apontou.
A respeito, poderíamos recordar ao ex-vice-presidente estadunidense Joseph Biden, que em maio do passado ano declarou abertamente que um referendo revogatório devia ser realizado antes de finalizar 2016 e nenhum opositor levantou uma voz sequer, comentou.
Os dobros regulares são conhecidos para nós, como também as consequências das revoluções de cores, feitas sem se preocupar no mais mínimo pelo destino dos povos do país em questão, ao que outros antepõem seus interesses políticos, denunciou.