Bogotá, 6 de junho (Prensa Latina) Um relatório da Jurisdição Especial para a Paz (JEP) informou hoje que entre 1993 e 2016, 307 mortes falsamente apresentadas como vítimas de combate foram registradas no Valle del Cauca, sudoeste da Colômbia.
Os números foram divulgados coincidindo com a apresentação durante este dia por aquela entidade da fase nacional do Caso 03 sobre homicídios e desaparecimentos forçados apresentados como vítimas de combate por agentes do Estado, vulgarmente conhecidos como falsos positivos.
Segundo um comunicado daquela instituição, nesta fase processual, o magistrado concentra-se na análise das responsabilidades máximas na cadeia de comando militar, incidindo em áreas que não foram contempladas na primeira fase do inquérito.
Segundo o Grupo de Análise de Informação (GRAI), entre 1º de janeiro de 1993 e 1º de dezembro de 2016, das 307 mortes notificadas, 223 ocorreram em Cali, El Cerrito, Buenaventura, Cartago, El Dovio, Tuluá, Riofrío e Zarzal.
Os relatórios apresentados à PEC mencionam numerosos atos alegadamente cometidos pela Força Pública diretamente ou através de uma aliança com grupos paramilitares, afirma o relatório.
Devido aos crimes documentados pela PEC, a Câmara de Reconhecimento convocou este ano a depor 12 ex-membros da Força Pública, incluindo ex-comandantes da III Divisão e da III Brigada do Exército Nacional, bem como o Gaula do Exército que operava lá. Os relatórios apresentados à entidade de justiça transicional mencionam numerosos atos alegadamente cometidos pela Força Pública diretamente ou através de aliança com grupos paramilitares, afirmou o magistrado da JEP, Oscar Parra, na comunicação divulgada.