20.5 C
Brasília
quarta-feira, 11 junho, 2025

Israel atira e mata mais 60 pessoas em busca de ajuda em Gaza

Ramadan Abed

HispanTV – Cerca de 60 palestinos foram mortos e mais de 360 ​​ficaram feridos quando tropas israelenses abriram fogo contra pessoas que buscavam ajuda no centro de Gaza.

O último incidente de violência ocorreu na quarta-feira perto de um posto de entrega de ajuda humanitária no centro da Faixa de Gaza, perto do eixo Netzarim, de acordo com autoridades do Ministério da Saúde do enclave.

“O número de mortos entre as vítimas que procuraram ajuda e chegaram aos hospitais desde esta manhã subiu para 57, com 363 feridos”, anunciou o Ministério da Saúde de Gaza em um comunicado.

O comunicado detalha que as novas vítimas elevam para 224 o número de palestinos mortos por tropas israelenses perto de centros de distribuição de ajuda na Faixa de Gaza e para 1.858 o número de feridos em incidentes semelhantes nas últimas duas semanas.

A declaração também detalha que um total de 120 palestinos foram mortos e 474 ficaram feridos em vários ataques israelenses em Gaza nas últimas 24 horas.

Pelo menos 20 palestinos, incluindo uma criança, foram mortos por fogo direto de tropas israelenses perto de um centro de distribuição de ajuda em Gaza.

Enquanto vídeos chocantes circulam nas redes sociais mostram disparos diretos contra solicitantes de ajuda, o exército israelense alegou que suas tropas só dispararam “tiros de advertência” contra “suspeitos” na área, localizada no eixo Netzarim, depois que o exército concluiu que eles “representavam uma ameaça”.

O exército acrescentou que “há baixas conhecidas nesses tiros” e indicou que está investigando os detalhes do incidente.

Hamas : Israel ataca quem busca ajuda para perpetuar a fome e o genocídio

O Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS) chamou o ataque de “ um novo crime” cometido pelo regime de ocupação com a “intenção premeditada de matar civis indefesos” em Gaza.

O Hamas apelou à comunidade internacional, “e às Nações Unidas em particular”, para “tomar medidas urgentes para pôr fim a este mecanismo sangrento criado pela ocupação como ferramenta para perpetuar a fome e o genocídio”.

O grupo palestino denunciou o silêncio da comunidade internacional diante dos crimes de Israel, afirmando que isso encorajou “a ocupação a persistir em seus crimes”.

Com total impunidade, Israel continua a cometer genocídio na Faixa de Gaza sitiada, onde pelo menos 55.104 pessoas morreram desde outubro de 2023. O enclave palestino está atualmente passando por um colapso humanitário sem precedentes devido ao cerco israelense, que é amplamente condenado pela comunidade internacional.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS